quarta-feira, 18 de junho de 2014

Uma bela tardada no Moinho do Cuco



— Uma bela tardada! — concluiu o Chico Rodrigues, depois de uma das nossas idas em 1972/73 a Santa Vitória do Ameixial ouvir décimas, fazer recolhas, conviver com pessoas da sua aldeia, quando íamos a entrar no café Alentejano ou simplesmente ficar sentados na esplanada. O mesmo digo da tarde de ontem, no Moinho do Cuco, com a aldeia de N. Sr.ª da Glória a nossos pés, pouco mais abaixo. Por hoje, deixo fotografias, três vídeos e o que neles fui dizendo. Para ler a descrição do conteúdo de cada vídeo, clicar na hiperligação ou no ícone do youtube no canto inferior direito.
O convívio, à partida no âmbito da disciplina de História Local, era aberto à universidade.










«Noite americana», foto do Sr. António Luís
*
Letras do que ouvimos nos vídeos
Lasciatemi cantare
con la chitarra in mano
Lasciatemi cantare
sono l'italiano

Buongiorno Italia gli spaghetti al dente
e un partigiano come presidente
con l'autoradio sempre nella mano destra
e un canarino sopra la finestra
Buongiorno Italia con i tuoi artisti
con troppa America sui manifesti
con le canzoni, con amore, con il cuore
con più donne sempre meno suore
Buongiorno Italia
Buongiorno Maria
Con gli occhi pieni di malinconia
Buongiorno Dio
lo sai che ci sono anch'io

Lasciatemi cantare
con la chitarra in mano
Lasciatemi cantare
una canzone piano piano
Lasciatemi cantare
perché ne sono fiero
sono l'italiano
l'italiano vero

Buongiorno Italia che non si spaventa
e con la crema da barba alla menta
con un vestito gessato sul blu
e la moviola la domenica in TV
Buongiorno Italia col caffè ristretto
le calze nuove nel primo cassetto
con la bandiera in tintoria
e una 600 giù di carrozzeria
Buongiorno Italia
Buongiorno Maria
con gli occhi pieni di malinconia
Buongiorno Dio
lo sai che ci sono anch'io

Lasciatemi cantare
con la chitarra in mano
Lasciatemi cantare
una canzone piano piano
Lasciatemi cantare
perché ne sono fiero
sono l'italiano
l'italiano vero
(L'ITALIANO, de Toto Cutugno)
*

Lisboa menina e moça
Poema de: Ary dos Santos
Música de: Paulo de Carvalho

No Castelo ponho um cotovelo
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar.
À Ribeira encosto a cabeça
Almofada na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura.
Cidade a ponto luz, bordada
Toalha à beira-mar, estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida.
No Terreiro eu passo por ti
Mas da Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua.
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar.

Menina estás à janela
Menina estás à janela
com o teu cabelo à lua
não me vou daqui embora
sem levar uma prenda tua

Sem levar uma prenda tua
Sem levar uma prenda dela
com o teu cabelo à lua
menina estás à janela

Os olhos requerem olhos
e os corações corações
e os meus requerem os teus
em todas as ocasiões

Menina estás à janela
com o teu cabelo à lua
não me vou daqui embora
sem levar uma prenda tua

Sem levar uma prenda tua
sem levar uma prenda dela
com o teu cabelo à lua
menina estás à janela 
(Canção alentejana, cantada por Vitorino)

Dá-me uma gotinha de água
Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede

Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede

Dá-me uma gotinha de água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver

Dá-me uma gotinha de água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver

A água pela fonte corre
Limpa, clara, fresca e pura
Assim correm os meus olhos
Assim correm os meus olhos
Para a tua formosura

Dá-me uma gotinha de água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver

Dá-me uma gotinha de água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver


Lai lá rá lá rá lá lá rá lai…
Lai……………………...
Lai……………………….
Lai……………………….
Lai……………………lai.


Lai lá rá lá rá lá lá rá lai…
Lai……………………...
Lai……………………….
Lai……………………….
Lai……………………lai.

(Moda alentejana como foi cantada pelo grupo da universidade.)

2 comentários:

  1. Foi para mim um enorme prazer participar neste convívio...
    O dia estava lindo, as pessoas bem dispostas, a paisagem maravilhosa, o grupo de violas super animado..., enfim... tudo esteve perfeito...
    Foi efectivamente uma bonita e interessante tertúlia...
    Todos estão de parabéns, mas uma vez mais aqui fica o meu muito obrigada aos nossos colegas António Luis e esposa que nos proporcionaram este belíssimo dia...
    Parabéns também ao autor dos vídeos..., é uma bela recordação que fica...
    Boas férias
    Albertina Granja

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É como diz. Quanto a vídeos, pude apreciar num deles a mão de um cameraman guiando a máquina em movimento circular, preciso, meticuloso. Uma lição.

      Eliminar