sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A brincar ou a sério

A partilha da semana (Galopim de Carvalho na «sopa de pedra» de 15 de Novembro, p. p.)
 A propósito do Dia Mundial da Filosofia, para pensarmos. São ideias, situações com que nos temos confrontado... Não esquecer a parte final, dada a importância da educação para cada si mesmo e na relação com as outras pessoas.
Ser mais.
Em 2002 a UNESCO instituiu o Dia Mundial da Filosofia, no propósito de promover a reflexão sobre os acontecimentos actuais, fomentar o pensamento crítico, criativo e independente, contribuindo assim para a promoção da tolerância e da paz. Desde então este dia é celebrado em todo o mundo na terceira quinta-feira do mês de Novembro, que este ano terá lugar amanhã, dia 16.
Tudo o que aqui se pretende promover está contemplado no teórico e ilusório propósito oficial da nossa escolaridade obrigatória, agora de 12 anos. Basta ler os textos de alguns dos responsáveis pelo nosso ensino para verificar que assim é. Mas a verdade é que

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Beethoven e Brahms no TEATRO THALIA

Sábado, 11 de Novembro, 21 h
Depois de termos descoberto o caminho para o teatro THALIA, tivemos o prazer de o demandar em dia de concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa, que regularmente o usa para as suas temporadas clássicas.
A INTEGRAL DAS SINFONIAS DE Brahms II deixou-nos ouvir, hoje, de Beethoven, a Abertura Coriolano, Opus 62 (1807), e o Concerto para Piano N.º 3, Opus 37 (1800). Depois do intervalo, a Sinfonia N.º 2 em Ré Maior, Opus 73 (1877), de Brahms.
No Programa do espectáculo, são analisadas as obras interpretadas do ponto de vista técnico musical  e na relação com a luta pela expressão artística, tanto da parte de Beethoven, como de Brahms. Tal como mostra uma aproximação de Beethoven ao predecessor Mozart, o mesmo fez Rui Campos Leitão para o par Beethoven / Brahms: «O arrebatamento épico e o enfrentamento do legado de Beethoven, enquanto processo catártico, terão aberto caminho ao sublime histórico brahmsiano na sua dimensão sinfónica.»
Duas páginas são consagradas à biografia artística do pianista Filipe Pinto-Ribeiro e do maestro, Pedro Neves, sendo indicados os nomes de todos os músicos dos respectivos naipes. Na contracapa, mais informes sobre a Metropolitana e informação sobre os próximos concertos. O caderno-programa  constitui um interessante objecto, com algumas ilustrações – fotografia, pinturas, capa de partitura, retratos. A guardar.
Quanto ao THALIA, esperamos, ainda, poder vê-lo vazio, disponível no intervalo de todas as ocupações.
(Mais, em Teatro Thalia, Viagem ao Invisível e a mensagem que segue esta.)
A entrada nobre, aberta em dia de concerto

Aguardamos os músicos e o maestro

A Orquestra Metropolitana de Lisboa, com o maestro Pedro Neves

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Largo do Divino Espírito Santo

07-11-2017, tarde
Um pequeno passeio leva-nos a Vila Facaia, lugar da freguesia do Ramalhal.
…Ermegeira, Abrunheira, passagem estreita debaixo da linha do caminho-de-ferro – convém apitar –, mais adiante, o Ramalhal. Como um caçador atrás da caça que quase não há, por onde seguir? Aqui chegámos…, o Largo (muito belo) à esquerda, um gesto de cumprimento a uma «voz do Ramalhal»* cá fora, junto ao café… e sigo, já decidido. É Vila Facaia, onde nunca pus o pé… «Agora já pôs!» – vai dizer daqui a pouco um jovem quando lá chegar. No momento em que falei já era mentira o que disse.
A zona é de várzea desde o Maxial, guardada por montes. Um campo de jogos (Polidesportivo de Vila Facaia), a associação de caçadores, estamos a chegar. Como num palanque ou primeira fila junto ao palco, o café está defronte, quase a fazer barragem, a esplanada a terminar na «muralha». Os passantes, somos o palco deles, eles, o nosso.
O café tem a parte da entrada, com balcão, e espaço aberto para a sala de jogos, bilhar e matraquilhos. No topo, à direita de quem entra, há uma tira com mesas e cadeiras, a que se acede por quatro ou cinco degraus, um metro acima do restante pavimento. Chamemos-lhe galeria de teatro. Os dois espaços é como se fossem um… A decoração tem interesse do ponto de vista artístico, por exemplo, várias esculturas negras de factura africana em baixo-relevo.

Entretanto, tinha-me apercebido do carácter do conjunto formado pelo coreto, pequenino jardim, capela do Divino Espírito Santo, minimercado…, o Largo… Saio para tirar fotografias… Aqui ficam.
* Alusão ao grupo coral Vozes do Ramalhal

Em frente, o café Minarelli, troco as voltas das letras e chamo-lhe Miranelli


O minimercado e a capela no Largo do Divino Espírito Santo

Cruzeiro de 1937
Reconstrução no cinquentenário, 1987






Regresso pela mesma estrada

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Um pequeno e acolhedor espaço. Natureza e memória



 Quem aborde a povoação, vindo do Ramalhal, vê primeiro a homenagem aos combatentes da Grande Guerra. À direita, na parede, a placa rende homenagem aos combatentes do Ultramar, na pessoa de Dinis Bento Guerra, falecido em Moçambique

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Saber mais: Rota do Morango

domingo, 5 de novembro de 2017

As mulheres na Bíblia

Hoje acontece mais uma partilha. Quando calha, mas não ao calha...
É um texto saído no Público, da pena de Frei Bento Domingues... Procurei e acrescento dois textos por ele referidos, acolhidos nas páginas dos Cadernos ISTA.
Quem quiser, pode consultar...
OPINIÃO
A ignorância não é um dever
Não foi a Bíblia que deu origem à subordinação das mulheres na civilização ocidental.
1. Lutero não passou por Portugal. Na revista Brotéria, de Outubro, tentei explicar porque lhe negaram o passaporte. Apesar disso, de vez em quando, surgem acontecimentos que levam os meios de comunicação a lembrar que existe uma coisa muito antiga chamada Bíblia, que ele próprio traduziu para alemão. Agora parece que foi invocada, juntamente com o código penal de 1886, pelos juízes Neto Moura e Maria Luísa Arantes, para atenuar um crime horroroso contra uma mulher adúltera.