Pequena homenagem ao Senhor Rui Nabeiro, ontem
falecido.
Deixo aqui o resultado de uma visita em que tive a
honra de estar presente no CEAN - Centro Educativo Alice Nabeiro. Foi a
primeira vez que estive perto do Sr. Rui. A segunda, foi no Hospital da Luz, há
poucos anos, de passagem, onde foi a uma consulta, indo eu e a minha irmã a
acompanhar o nosso irmão. A terceira, em 30 de Maio do ano passado... Todavia,
a ligação profunda do Manuel ao Sr. Rui e ao Sr. João Manuel, seu filho, sem
esquecer a restante família, foi profunda e de há muitas décadas. A esta
ligação estamos, fomos ficando profundamente associados, a Bia e eu.
A oferta do monumento vem dedicada com estas singelas palavras, na fita curva que forma a base aos pés do homenageado
Sobre
base de mármore pouco elevada, indicando ao mesmo tempo poder e proximidade, o
homem olha e acolhe quem se aproxima pela Avenida da Liberdade. Atrás de si o
obelisco, memorial de uma vida de trabalho, empreendedorismo, solidariedade
social.
VISITA
A BEJA, 26 de Setembro de 2008, sexta-feira
Eu e a Isabel fomos a Beja, às LETRAS ANDARILHAS, evento que dura três ou
quatro dias. Partimos pelas catorze horas e chegámos pelas 16 h 20 min.
Na zona da Biblioteca — Biblioteca José Saramago — fui tirando umas
fotografias: perto estão a Casa da Cultura e o Liceu de Diogo de
Gouveia, agora Escola Secundária Diogo Gouveia. A Casa da Cultura assemelha-se
(arbitrariamente) a um matadouro, ou praça de touros ou depósitos de vinho.
Parece que tiveram medo de fazer belo ou clássico.
Às seis horas assistimos a uma sessão de ilusionismo/magia: o público era
maioritariamente de crianças — e pais, educadoras, nós…
Tirei mais algumas fotografias, com luz crepuscular, muito diferente da
de horas antes; provocou um reflexo na calçada da rua do Luís da Rocha, como se
o pavimento estivesse molhado. Não é preciso nós regularmos a luz, o dia vai
mudando.
Jantámos, um pouco à sorte, no Saiote, por graça, exactamente o mesmo
restaurante onde uma vez almoçámos, quando cruzámos todo o Alentejo em
canícula, vindos do Algarve, há uns anos.
De noite, a Isabel foi à frente, até ao castelo; atrasei-me a tirar
fotografias e fui perguntando como lá se chegava. Pátio do Lidador. Deste
magnífico pátio, em que houve actividades, fomos em procissão, com velas, por
ruas e prédios muito belos até ao largo do convento da Conceição, onde houve
música, dança, falas… A seguir fomos para o Núcleo Museológico da Rua do
Sembrano. O espaçoso recinto tem um grande painel com pintura em azulejo; aí também
houve animação, com uma senhora brasileira que vive em Lisboa e ama Beja, ainda
nova, a ajudar pontualmente, mas sempre presente. O piso é de vidro, permitindo
ver-se muralhas, um poço, enfim, restos de tempos muito antigos.
A noite para nós terminou, pela uma da madrugada, numa sala de
espectáculos no edifício da Biblioteca, ocupando um piso térreo ou cave, de
acesso directo ao exterior. Aí decorreu uma representação teatral com dois
amadores, homens, a fazerem o papel de duas amigas idosas. A vida de duas
senhoras velhas e do mundo à volta delas.
Houve distribuição de sopa junto às tendas de livros e dali iam as
pessoas ainda para a Biblioteca. Mas para nós, que íamos para Évora, foi o fim
de um belo dia numa bela cidade. Um belo dia oferecido pelos(as)
organizadores(as) e todos os que ajudaram para que o que se passou fosse
possível. Numa bela cidade, oferecida por muitas e muitas gerações de
antepassados e que devemos querer oferecer se possível ainda mais cuidada, a
nós quotidianamente e aos que depois de nós vierem.
***
Em
27 de Fevereiro de 2023, acrescento, no espaço ao ar livre de minifeira associada às Letras Andarilhas, o encontro surpresa com a tenda de O Livro do Dia, livraria e editora que
foi de Torres Vedras. Ali estavam os jovens Luís Filipe Cristóvão e uma sua
colaboradora.
Cumprindo uma promessa feita a mim mesmo,
nascida do desejo de ver no sítio a obra em construção, (era numa elevação, no
campo), anos depois de ver o grupo escultórico em esferovite a ser afeiçoado
pelo «bisturi» do artista escultor, que encontrei na vida em 1970-71,
pusemo-nos a caminho, eu e a minha companheira de aventura. Eu, no lugar de
chefe de viatura, claro, já que acabo de evocar anos de vida militar…
O caminho para Odemira foi longo, mais longo
do que o imaginário que tinha… E a noite chegou. Houve dúvidas, placas com
nomes ao longo da estrada. A certa altura parece que estamos no deserto. Noite
e solidão… Cercal, serra… Haja Deus, como dizem ou diziam nas telenovelas
brasileiras… Afinal, Odemira é fronteira com o Algarve. Chegámos, enfim…
O regresso foi mais agradável, simples,
com paragem num restaurante em Formosa. A caminho de casa os ventos sopraram a
favor. A brevidade sentida do tempo foi também psicológica, com o intervalo do
almoço.
Dia 27
Início previsto para as 10:30
Fomo-nos aproximando do local da
inauguração do monumento ao cante alentejano, no alto da Quinta da Estrela,
sobranceiro à vila, perto dela… Já lá, vamos conversando com um senhor,
bombeiro, que conheceu o até há pouco comandante dos bombeiros de Torres
Vedras, Fernando Barão. Para o fim da conversa, um pouco à beira dos
acontecimentos, começa a ouvir-se Olha a
Laranja da China, canção a que me liga especial afeição, de quando a
cantava no Grupo Coral Gaudeamus, de
Torres Vedras. Depois da primeira estrofe, entrava-se propriamente na matéria,
as duas estrofes que aparecem sempre, quando se canta a «Laranja da China».
Essa entrada, a dois tenores, era «atacada» pelo Mário e por mim, que tinha
sempre grande dificuldade de entrar no momento exacto. Só dizíamos, com decisão
certeira, «Olh’à laranja da Chi-na», sendo logo seguidos pelo coro, «Criada no
arvoredo»…
Por aqui me fico. Há mais informação na
descrição dos vídeos, sobretudo o primeiro:
«Chegámos à
noitinha, no dia anterior à inauguração, cuja cerimónia teve início pelas 10:30 do passado domingo, 27. Esta imagem mostra o monumento e os circunstantes no alto junto a Odemira, pouco antes da presença formal das individualidades presentes e grupos corais convidados — de Odemira, São Luís, Vila Nova de Milfontes, Vozes Femininas de Amoreiras-Gare, Os Ganhões de Castro Verde, o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento e o Grupo Coral Infantil de Odemira Cá Se Canta. O dia escolhido comemora o oitavo aniversário da classificação do Cante Coral Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
O monumento
é da autoria do escultor Fernando Fonseca e foi realizado na empresa Gate 7, de
Torres Vedras. Usaram da palavra Fernando Fonseca, que nos contou o caminho
andado para se chegar a este importante momento, com alteração do local
inicialmente previsto (no alto de uma colina, no campo), dando pormenores sobre
o seu trabalho, abandonando-se a utilização do pantógrafo inicialmente pensado,
em favor de recursos digitais. Referiu, ainda, o significado da curvatura
elipsóide que o grupo escultórico apresenta, bem como o piso de pedra em que
assenta. O texto lido merece ser publicado.
Falou a
seguir o Presidente da Câmara, Hélder Guerreiro, explicando aos presentes o
significado deste dia de festa comemorativa e enaltecendo a escolha da
localização do grupo escultórico. Por fim, o Ministro da Cultura, Pedro Adão e
Silva, entre outras coisas, salientou, a concluir, a importância da preservação
do Cante Alentejano na sua transmissão às novas gerações, acompanhada de
natural renovação, sem perder os fortes traços comunitários.»
Os degraus a toda a volta formam uma elipse. Convite a sentar, estar, olhar...
4718, 26 Nov., 21:47:19
Palácio da Justiça
4744, 27 Nov., 10:17:18
Palácio da Justiça
4752, 10:10:49
DOMVS
JUSTITIÆ (Palácio ou Casa da Justiça)
4747, 10:18:01
4753, 10:20:39
4758, 10:21:58
4759, 10:22.28 imagem de vídeo
MVI 4759, 10:22:28
«Olha o drone...», diz uma voz de criança ou rapaz...
Cinco grupos são alinhados à frente do
monumento. Ouve-se Olha a Laranja da
China.
Olha a laranja da china
(10:23)
Olha a laranja da China
Criada no alvoredo (1)
Não te ponhas à esquina
Que eu passo e não tenho medo
Que eu passo e não tenho medo
Eu passo e não faço mal
Olha a laranja da China
Criada no laranjal
[Quatro versos só cantados por Vozes Femininas
de Amoreiras-Gare, vozes suaves e nítidas, mas difíceis de decifrar com rigor,
devido a alguma envolvência sonora.]
Olha a laranja da China
Criada no alvoredo
Não te ponhas à esquina
Que eu passo e não tenho medo
Que eu passo e não tenho medo
Eu passo e não faço mal
Olha a laranja da China
Criada no laranjal
Olha a laranja da China
Criada no laranjal
(1) Forma popular para «arvoredo».
(... ... ... ... ... ... ...)
4764, 10:42:24, imagem de vídeo
De novo alinhados à frente do monumento, cantavam neste momento os grupos corais de Vila Nova de Milfontes; Vozes Femininas de Amoreiras-Gare; Odemira; S. Luís; Grupo Coral Infantil de Odemira Cá Se Canta, este à frente dos outros, em duas longas filas.
(Não aproveitei uma fotografia com o restante elenco de cantores, por precaução, mas tal pode ser suprido no vídeo publicado no YouTube pelo município de Odemira.)
[A ribeira, quando enche
Vai de pedrinha em pedr]inha;
O homem que leva a barca
Leva o meu bem na barquinha.
Leva o meu bem na barquinha,
Tudo isso que pertence;
Vai de pedrinha em pedrinha
E o que virá quando enche.
4765, 10:44, imagem do vídeo seguinte...
Do
alto do monte, contemplando o que se pode ver de Odemira, situada como
em cratera de vulcão, rodeada de cones vulcânicos, ouvimos cantar na colina ao fundo, em espaço ajardinado.
É o Rancho de Cantadores da Aldeia Nova de S. Bento com o seu «fato domingueiro», preto, a elevar o cante à esfera do sagrado. São caminhantes que se aproximam e já à vista dos cantadores, todos de branco à sua frente, resolvem dialogar, em réplica a A Ribeira, quando enche, de momentos antes... É a saudação de irmãos, a prefigurar o encanto respeitoso de quem a partir de agora passar por Odemira e olhar para o alto da Quinta da Estrela.
Memória e continuidade.
Aqui deixamos a letra, como a ouvimos no
alto do monte da Quinta da Estrela. Entre parênteses rectos, a parte que não
registámos… e está presente em
reproduções credíveis no YouTube… A quadra iniciada por «Quando eu oiço bem
cantar» é o remate dos versos. Continua o canto, repetindo as quadras 2, 3, 4 e 5, excluindo este fecho e a
primeira quadra, que é o indicativo ou apresentação do rancho de cantadores da Aldeia Nova de S. Bento.
O indicativo da moda O Meu Chapéu e a
quadra são de Pedro Miguel Mestre e a moda
é de João Monge (sigo informação no YouTube, 11 de Março de 2017, da actuação
no CCB).
Podes pôr o meu chapéu
[Aldeia Nova de S. Bento
Plantada no meio do trigo
Teu cantar é um lamento
Gosto de cantar contigo
Se passares à minha aldeia
Não vás de cabeça ao léu
Quando o sol mais almareia]
Podes pôr o meu chapéu
Podes pôr o meu chapéu
A mais valiosa herança
Já foi de quem está no céu
E não me sai da lembrança
Quando nos faltar a voz
Há-de haver uma mão-cheia
A cantar por todos nós
Tenho cá na minha ideia
Tenho cá na minha ideia
Que o cante se ouve no céu
Se passares à minha aldeia
Não vás de cabeça ao léu
Quando eu oiço bem cantar
Páro e tiro o meu chapéu.
Não se me dava morrer,
Se houvesse cante no céu
Se passares à minha aldeia
Não vás de cabeça ao léu
Quando o sol mais almareia
Podes pôr o meu chapéu
Podes pôr o meu chapéu
A mais valiosa herança
Já foi de quem está no céu
E não me sai da lembrança
Quando nos faltar a voz
Há-de haver uma mão-cheia
A cantar por todos nós
Tenho cá na minha ideia
Tenho cá na minha ideia
Que o cante se ouve no céu
Se passares à minha aldeia
Não vás de cabeça ao léu
4766, 10:50
Os cantores infantis vão saindo
***
Discursos, descerramento do painel comemorativo, com cante
4769, 10:52
O escultor
4773, 10:52
«Observarmos a escultura, onde juntei
altos e baixos, magros e barrigudos, chapéus à banda, puxados para a nuca ou a
proteger os olhos do sol inclemente, daí resultam os degraus que servem, para
quem, sentado, quiser usufruir do panorama que nos envolve dum modo especial,
com a vila, o rio e as ladeiras da outra banda.» (Palavras de Fernando Fonseca, transcritas a partir do vídeo do município de Odemira, no YouYube.)
A seguir, usaram da palavra os Senhores Presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, e o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
Painel
comemorativo da inauguração do monumento ao cante alentejano
Descerramento
pelas entidades oficiais e presença de Os Ganhões de Castro Verde
4774, 11:21:12
Porta-estandarte do Grupo Coral de Vila Nova de Milfontes
4777, 11:21:33
4779, 11:23:03
4780, 11:23:56 imagem de vídeo
:
MVI 4780, 11:23:56
Os Ganhões de Castro Verde
Ao lado da
bandeira nacional, que cobria o painel comemorativo da inauguração do
monumento, Os Ganhões de Castro Verde vão cantar No Alentejo Eu Trabalho...
Momentos depois, a bandeira é retirada pelo Sr. Ministro da Cultura… Mais
tarde, no desfile pela Estrada da Circunvalação, com destino ao Jardim
Ribeirinho do Mira, em passo cadenciado, voltámos a ver este grupo coral
interpretando «Em tempos que já lá vão, / Deixei a vida do campo, / Trabalho na
construção ... ...».
Aqui
deixamos a letra, como a ouvimos no alto do monte da Quinta da Estrela. Entre
parênteses rectos, a parte que não registámos...
[No Alentejo eu trabalho,
Cultivando a terra,]
Vou fumando o meu cigarro,
Vou cumprindo o meu horário,
Lançando a semente à terra.
É tão grande o Alentejo,
Tanta terra abandonada,
A terra é que dá o pão.
Para bem desta nação,
Devia ser cultivada.
Tens sido sempre esquecido,
À margem, ao sul do Tejo,
Há gente desempregada,
Tanta terra abandonada,
(E) é tão grande o Alentejo.
Trabalha, homem, trabalha,
Se queres ter algum valor.
Os calos são os anéis,
Os calos são os anéis
Do homem trabalhador.
É tão grande o Alentejo,
Tanta terra abandonada,
A terra é que dá o pão.
Para bem desta nação,
Devia ser cultivada.
Tens sido sempre esquecido,
À margem, ao sul do Tejo,
Há gente desempregada,
Tanta terra abandonada,
(E) é tão grande o Alentejo.
Nota: Há uma interpretação deste cante,
transmitida pela RTP 1 em 1999, pel'Os Ganhões de Castro Verde, com duas
variantes, que não são uma diferença, mas um matiz. Em 1999, cantaram «Tem sido
sempre esquecido» e «Mostra bem o teu valor»; agora, «Tens sido sempre esquecido»
e «Se queres ter algum valor». Em 1999, Dulce Pontes cantou com os homens, não
retirando nada à força, à identidade do grupo, tradicionalmente masculino. Pelo
contrário, deu-lhe um golpe de alma, com a sua voz linda...
4781, 11:28
4782, 11:28
Da esquerda de quem vê, para a direita: Fernando Fonseca, o escultor, amigo, o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva e o Presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro
4785, 11:30
Mais imagens...
[Imagem da R.,112411, 11:24:16]
4788, 11:33
Grupo de Cantadores de Aldeia Nova de S. Bento
***
A descida em direcção ao Jardim Ribeirinho do Mira
Fomos até ao Parque Ribeirinho e no regresso à Estrada
da Circunvalação, assistimos à passagem dos grupos corais.
4789, 11:44
4791, 11:45
Pequeno cabeço talhado
Parece piçarra, mas não tão escura, como a que pode ver em Montargil quem, ido de Mora, se dirigir à vila, umas centenas de metros antes de entrar nela.
4795, 11:45
Painel no edifício do Palácio da Justiça
4796, 11:47
Painel no edifício do Palácio da Justiça
4798, 11:48
4800, 11:50
Estrada da Circunvalação
4802, 11:50:45
4807, 12:10
4809, 12:13
4810, 12:13
4811, 12:14:30
4812, 12:14:34
4813, 12:16:15
4821, 12:17:19
4826, 12:19
4827, 12:20
4833, 12:21:52
MVI 4838, 12:23:26
Manhã de 27 de Novembro de 2022
Depois da inauguração do monumento, os grupos de cantadores demandaram o Jardim Ribeirinho do Mira para almoço de convívio. Neste pequeno vídeo, Os Ganhões de Castro Verde passam por nós e do que ouvimos damos a letra. Entre parênteses, verso não ouvido. (No final desta mensagem, ver a letra completa.)
[Andei a guardar o gado]
Em tempos que já lá vão
Deixei a vida do campo
Trabalho na construção
Trabalho na construção
Já não me encosto ao cajado
Em tempos que já lá vão
Andei a guardar o gado...
MVI 4839, 12:24:24
Grupo Coral Vozes Femininas de Amoreiras-Gare, criado em 1998. Terá o seu momento de actuação durante o almoço-convívio no Parque Ribeirinho do Mira.
Já se ouve os cantadores que desfilam em último lugar.
MVI 4840, 12:24:32
Atrás de Vozes Femininas de Amoreiras-Gare, vemos o Grupo Coral de Odemira, depois, o de Vila Nova de Milfontes e o de S. Luís.
MVI 4842, 12:25:06
Vemos em primeiro plano, o Grupo Coral de Vila Nova de Milfontes,
seguido pelo de S. Luís, freguesia de Odemira. Ouve-se e vai-se vendo,
bem mais atrás, o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de S. Bento.
MVI 4843, 12:25:34
Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento
O Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de S. Bento desfila na Estrada da
Circunvalação, a caminho do Parque Ribeirinho do Mira, onde terá lugar o
almoço-convívio onde os grupos corais convidados marcarão presença e
terão o seu momento de canto.
Agora, vamos ouvindo alguns versos da moda «Fui ao Jardim Passear».
Segue a transcrição completa retirada do vídeo do concerto deste rancho
em Washington no Millenium Stage, em 14 de Janeiro de 2019. O concerto pode visionar-se no
YouTube.
Atrás de um sonho, outro sonho,
De tantos que a vida tem…
Atrás dum sonho, outro sonho,
De tantos que a vida tem.
Sem a tua companhia,
Não posso viver, meu bem
Sem a tua companhia,
Não posso viver, meu bem.
Fui ao jardim passear…
Trouxe um ramo de alecrim,
Para dar ao meu amor,
Que se não esqueça de mim.
Que se não esqueça de mim,
Para sempre se alembrar;
Trouxe um ramo de alecrim,
Fui ao jardim passear.
Das flores que há no campo,
Qual é a mais estimada?
Das flores que há no campo,
Qual é a mais estimada?
É(i) a flor do rosmaninho,
Que entra em casa sagrada;
É(i) a flor do rosmaninho ,
Que entra em casa sagrada.
Fui ao jardim passear…
Trouxe um ramo de alecrim,
Para dar ao meu amor,
Que se não esqueça de mim.
Que se não esqueça de mim,
Para sempre se alembrar,
Trouxe um ramo de alecrim,
Fui ao jardim passear.
Trouxe um ramo de alecrim,
Fui ao jardim passear.
***
Letra de Andei a guardar o gado, que faz parte do repertório de Os Ganhões de Castro Verde.
Andei a guardar o
gado
Em tempos que já
lá vão:
Deixei a vida do
campo,
Trabalho na
construção.
Trabalho na
construção,
Já não me encosto
ao cajado;
Em tempos que já
lá vão
Andei a guardar o
gado.
O Alentejo é que é
O celeiro da
nação;
Nós somos
alentejanos,
Somos da terra do
pão.
Andei a guardar o
gado
Em tempos que já
lá vão:
Deixei a vida do
campo,
Trabalho na
construção.
Trabalho na
construção,
Já não me encosto
ao cajado;
Em tempos que já
lá vão
Andei a guardar o
gado.
[Do livro, com dois CD, Terra: Antologia, 1972-2006. CD 2, Associação de Cante Alentejano «Os Ganhões», 2006.]
Antes dos versos transcritos acima, tal como vem na página da Meloteca, vem um título e uma quadra a ser cantada, antes do conjunto propriamente de «Andei a guardar o gado» e fazendo corpo com ele: