domingo, 31 de janeiro de 2016

Festas na Coutada, em honra de Nossa Senhora da Esperança

Programa de sábado, 30 de Janeiro
09:00 — Alvorada
14:30 — Missa
15:30 — Procissão da Capelinha para a Capela
Visitei a capela de Nossa Senhora da Esperança em meados de Dezembro, p. p., em dia chuvoso e muita humidade no ar, que retirava visibilidade às médias e longas distâncias. Só hoje me foi dado entrar nesta capelinha e na capela de Nossa Senhora da Saúde, na Coutada, a quem se pede na bandeira «Curai as nossas doenças».
A missa na capelinha, no meio do campo e olhando de frente para S. Pedro da Cadeira, ali perto, começou às 15 horas. Foi uma bonita cerimónia em que o senhor padre teve ocasião de celebrar o santo ofício da missa perante uma assistência que gostava de estar ali e participava. A bandeira de Nossa Senhora da Saúde e as duas imagens, a da Senhora da Saúde e a pequena, da Senhora da Nazaré, a «Senhora da Berlinda», davam um ar de gala e alegria à simplicidade do espaço.
Na homilia, o sacerdote, entre outras coisas, explicou que a Senhora é sempre a mesma, tendo embora variados nomes, que foram nascendo da necessidade de responder aos desejos e pedidos que os fiéis lhe fazem, nas situações da vida em que se encontraram. Por exemplo, e como estávamos na casa dela, da Senhora da Esperança, falou das dificuldades da vida dos nossos dias, quando se apresentam às pessoas carências materiais, mas que não são tudo, havendo também as espirituais, pois não vivemos só o corpo. Sem a força do preenchimento espiritual o homem não conseguiria sustentar-se na vida. Neste ponto, a esperança ajuda a sobreviver e a viver. Que seria de nós, sem a esperança? Falou nas virtudes teologais — Fé, Esperança e Caridade — e ouvimos ler, a propósito, o capítulo 13 da I Epístola de S. Paulo aos Coríntios.
Penso que nestas festas com parte religiosa e profana, esta última é participada com tanto entusiasmo por muitos, que chega a parecer ficar a outra esquecida. Mas não é assim. Há sempre qualquer coisa que vai levedando da mensagem, do valor, para crentes e não-crentes. A festa vem primeiro. A festa está envolvida pelo espiritual, como uma atmosfera. É ter visto o interesse e alegria nas pessoas que estiveram presentes nas cerimónias do Círio da Prata Grande, este Verão. Os foguetes fazem parte da festa, mas vêm depois. Sem os valores espirituais a cimentarem a comunidade no seu gosto do encontro, não chegaria bem a ser festa, era só foguetório. Foguetes, sem verdadeira festa. Talvez não esteja a trair o que ouvi na homilia, com estas minhas palavras.
Chegados à capela da Coutada, a celebração continuou, com orações, incluindo a salve-rainha, terminando, guiados pela voz do mestre-de-cerimónias, com três «Viva a Nossa Senhora!».
O programa religioso continua no Domingo, 31 de Janeiro, às 12:00, com missa na Capela; Segunda-Feira, 1 de Fevereiro, às 20:30, com procissão das velas (e reza do terço) na Capela; Terça-Feira, 2 de Fevereiro, 19:00, missa em honra de Nossa Senhora da Esperança, na Capela.
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Uma placa comemorativa em pedra, numa parede do átrio antes da entrada na capela, relata a colocação da primeira pedra em 1981 e a consagração em 1984, com a presença de dois bispos auxiliares de Lisboa, um em cada cerimónia e recordados na inscrição. Já dentro do templo, em antecâmara do salão de culto, de frente para quem entra, quadros emoldurados com as fotografias do papa Francisco, do papa emérito, Bento XVI, do papa João Paulo II; do cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente, do cardeal-patriarca, D. José Policarpo, e do cardeal-patriarca, D. António Ribeiro. Na parede oposta, a mais próxima da entrada, estão expostas em quadros de menores dimensões as fotografias dos padres que passaram por esta capela, o padre António Marques Crispim e vários outros, em número já razoável, para uma capela aberta ao culto desde 1984. Destes, por não ter fixado o nome dos restantes, registo apenas o do padre Sebastião Sabino Crisóstomo, por se dar o caso de ser irmão do estimado e conhecido padre Sabino, varatojano com a «cura de almas», como antigamente se dizia, da gente do Carvalhal e do Turcifal.

14-12-2015

Ao fundo, a capelinha de Nossa Senhora da Esperança





 Regressando à povoação, Rua de Nossa Senhora da Esperança

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30-01-2016

Chafariz
J. P  1915 - Restauro em 1987




 Fotografia tirada do Largo da Sede - Largo Prof. Eduardo Albuquerque
Ao longo do percurso, podia-se observar motivos decorativos e alguns estandartes da Senhora de Nazaré

 Este portão costuma estar fechado
14:49

14:49

No tecto do pequeno coro, bela figuração em gesso da Santíssima Trindade
16:16

 Depois da missa e saída da procissão com destino à capela de Nossa Senhora da Saúde, este templo ficou sem os fiéis, a bandeira e a imagem da Senhora da Saúde, e ainda a pequena imagem da Senhora de Nazaré
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16:17

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Procissão no caminho da capela de Nossa Senhora da Saúde
16:18

 Na Rua de José Francisco Roque
16:29

16:32

 Capela de Nossa Senhora da Saúde
Fotografia tirada em 28-09-2015

A capela, na Rua de José Francisco Roque
Fotografia tirada em 28-09-2015
Junto à porta, na parede da esquerda, lê-se:

RECORDANDO
LANÇAMENTO DA 1ª PEDRA
EM 1-1-1981
PRESIDINDO D. ANTÓNIO B. MARCELINO
INAUGURAÇÃO E BÊNÇÃO DA CAPELA
EM 23-9-1984
PRESIDINDO D. SERAFIM DE SF.ª E SILVA
A ESTA CAPELA CONSAGROU O POVO DA COUTADA
O SEU CORAÇÃO E A SUA FÉ
     (Acrescentado  o texto da placa comemorativa, em 07-02-2015.)

2 comentários:

  1. Li apenas hoje este seu artigo, fiquei bastante emocionado e as lágrimas correm-me pelo rosto... É o tanto que me dizem estas festas, particularmente a Senhora da Nazaré, não fosse eu o mestre de cerimónias supra referido.

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  2. Olá, Miguel... Um grande abraço... A mim também dizem muito.

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