20-06-2015
Ao fim da tarde, passei pelo DUBAI.
Encontrei um senhor, que nunca tinha visto e falou da estação do
caminho-de-ferro que era para ter sido no campo ao pé do refeitório da Casa
Hipólito e do AKI*. Como não estava a perceber bem as indicações que ele me dava
sobre a localização, convidei-o.
— Vamos lá ver. Levo-o de carro.
Tomei um café e fomos.
O Sr. A. trabalhou em França.
Nasceu em 1930, no Bairro Arenes, junto à estrada militar.
Estivemos nas traseiras do AKI, fomos
até ao refeitório da Casa Hipólito, bem grande, de grandeza que não se aprecia,
quando se vai na estrada, de carro. O Restaurante Palafítico lhe poderíamos
chamar, pois está assente em «estacas» de cimento, cravadas em forma de V, a
uns bons quatro, cinco metros do chão, prevendo os sasonais alagamentos do rio
Sisandro. Uma marca, numa das «estacas», bem formalizada — linha e dizeres —, é
a memória do nível das cheias de 1983. E a marca está alta.
Fomos à vala do Sarge, cheia,
certamente devido a qualquer represa a jusante provocada pelas obras de
requalificação do Choupal. O Sr. A. reparou na ondulação e pensou nos
patos. Ainda os vi a nadar para montante, mas o Sr. A. já não foi a tempo.
Havia muita vegetação espontânea de até um metro de altura ou mais que embaraçava
os movimentos e a visão.
Numa pequena linha depressiva do terreno, paralela ao AKI e ao refeitório, juncos, com a parte superior castanha
aveludada, parecendo a carga de um foguete. Há que tempos não via juncos.
Recordo-os no caminho dos Foros do Mocho**, depois de passar a ribeira. Aos dez
anos e antes.
O Sr. A. foi acordeonista.
Ver Typha latifolia (inglês) e Typha latifolia (castelhano).
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