É bom voltar. Destes dois dias, aqui fica
parte.
Fotografia tirada junto
ao café Pão da Vila, Largo de S. Sebastião, 21. Em
frente, à esquerda, Rua do Comércio. À direita, Rua da Misericórdia. Mais:
numa das pontas da vila, uma impressão na técnica de stencil em casa humilde
resiste à passagem do tempo...
Saudade...
Num
rectângulo de zinco, o pedreiro desenhou, tirou o desenho de qualquer lado...,
corta o zinco pelas linhas que desenhou. Molha a esponja na tinta e, com a
chapa de zinco colocada no lugar certo do friso, ensopa a esponja sobre os
vazios que recortou. Vai deslocando a chapa ao longo do friso e repetindo os
gestos até ao fim.
***
Onde o Sor e o Raia se juntam, se casam, pensando
ter chegado ao mar
Ao pé de Santa Justa
andam a fazer nova ponte que os liga ao Couço, Estrada Nacional n.º 251. A
anterior era um passadiço, a bem dizer, e exigia um cuidado especial no
atravessamento...
Há, agora, um desvio e estrada
provisória de terra batida para passar de uma à outra margem. Aproximamo-nos da
confluência do Sor e do Raia para ver de perto a coabitação das duas águas, do
ponto onde estamos, já «sorraias».
Viro-me para o lado oposto e lá
vão elas, na ebriedade da junção. Irão descobrindo que o mar ainda não é ali.
Benavente, Lisboa, S. Julião... as esperam... Mas, ai!..., devagar... Ainda há
Erra e o seu «castelinho» que as vê passar abraçadas a caminho de Coruche das
pontes e arrozais.
[As
primeiras três fotografias são de 23 Set.: a passagem de terra batida e vista
da ponte em construção; de hoje: a seguinte, confluência dos dois rios; mais
duas, do rio Sor, e a última, do Raia.
Do lado de lá, a margem
esquerda
À nossa frente, a
margem direita
Rio Sorraia
Da esquerda vem o Sor,
da direita, o Raia
É sempre bom voltar, voltar aos espaços que sempre nos acolheram e que tão bem conhecemos...
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