domingo, 23 de agosto de 2020

Mercado dos Lavradores

Sábado, 25 de Julho                                                                                                          2 de 19

Manhã

O Mercado dos Lavradores veio substituir o Mercado D. Pedro V e o Mercado de S. Pedro (Praça do Peixe) em 1940, sendo presidente da Câmara Municipal o Dr. Fernando de Ornelas, nome dado a uma das artérias principais da cidade. É um cartão de visita do Funchal. Espaço alegre, com o grande pátio interior dedicado às frutas, hortaliças, flores, plantas e sementes. As floristas vestem os trajes regionais. 

A passagem para a praça do peixe, a um nível inferior, faz-se por lanço de escada à esquerda e à direita, em cujas paredes se ostenta um painel de azulejos sobre a actividade relacionada com os frutos do mar. Todos os azulejos, estes e os restantes, a começar pelo da fachada do edifício – a história de Leda e o Cisne, são da Faiança Battistini, de Maria de Portugal.

A escada para o nível superior leva-nos às galerias laterais e ao terraço...  No corredor do lado oposto ao portão da entrada, as balanças fabricadas em Massarelos - Porto, são memória da época que viu nascer o edifício. Quase esquecemos,  logo o esquecemos, na beleza singela, segura e na vida que respira, que respiramos ao andar por ali...


Ribeira de João Gomes
Em grandes caixas adossadas às paredes, as buganvílias têm tendência a alastrar por estes varões, suavizando a vista das principais ribeiras do Funchal com as suas cores alegres.


À direita, na parede do Mercado dos Lavradores, o painel de azulejos Leda e o Cisne

Leda e o Cisne
Episódio da mitologia grega.
O chafariz aqui representado, de origem no Mercado D. Pedro V, está agora no pátio interior do edifício da Câmara Municipal.  








A buganvília




«Fundada em 1836, em Lisboa, como Companhia Fabril de Louça, aquela que viria a ser a fábrica Battistini recebeu em 1842 a designação de Fábrica de Cerâmica Constância, nome que haveria de perdurar até à falência da empresa, ocorrida já neste século.» ... « Batistini assumiu em 1921, com Viriato Silva (datas desconhecidas), a recuperação e administração da fábrica Constância, que apenas depois do seu falecimento, por homenagem de Maria de Portugal, passou a ostentar o seu nome.»
[Ver, atrás, o linque sobre Leopoldo Battistini]










Ao fundo e à esquerda, passagem para o espaço descoberto, onde se encontra um café-restaurante







Bananinhas de corriola
O que vemos são folhas carnudas. O nome referido foi-me referido por um senhor, empregado do café-restaurante em que se encontra este espécime ornamental. Mostrou-me outro, semelhante, um pouco afastado do estabelecimento, com outra designação...


Rabo-de-burro (?)
Esta, a variedade de suculenta, um pouco diferente (ao que parece) das bananinhas de corriola.
 



sábado, 15 de agosto de 2020

Ponta de São Lourenço

24 a 28 de Julho                                                                                               1 de 19

Foram dias bem passados, sem nenhum percurso pela ilha, com visita guiada, como da vez anterior. Passeios na Avenida do Mar, no cais ao anoitecer onde está ancorada a réplica da Santa Maria, nau capitânia do almirante Cristóvão Colombo na viagem em que viria a descobrir o continente americano, no ano de 1492. Oferece passeios ao longo da costa sul da ilha, duas vezes ao dia.

À hora do jantar, restaurantes quase desertos... Na beira do mar, dois ou três pescadores lúdicos, de cana alçada, Com um deles conversámos, da Figueira da Foz, a viver no Funchal há quarenta anos. E dali já não sai, por gosto..., embora venha ao continente uma vez ou outra... Lembro a conversa com um homem dos serviços de limpeza da Câmara em Porto da Cruz. Muito viajado, conhecendo Miami, de palavra fluente, talvez um exemplo de diáspora real ou potencial que há em muitos, lembrados no monumento ao emigrante madeirense na Avenida do Mar...

Impõem-se o edifício do palácio de São Lourenço, com frente para o mar e a Avenida Gonçalves Zarco, e esta mesma artéria.

A primeira saída foi para a Ponta de S. Lourenço, com passagem pelo Machico, nossa terra de baptismo madeirense e onde sempre é e será bom regressar. Para quando um passeio a pé no vale do Machico? 

Estou convencido de que por muito que se vá à Madeira sabe sempre a pouco, não porque não venhamos satisfeitos, mas pelo que falta conhecer... Tempo para estar, conversar, falar com gente dali. 

24 de Julho

Machico

Na Ponta de S. Lourenço
Na Ponta de S. Lourenço me desgarrei das minhas companheiras, fazendo um trilho de umas boas centenas de metros para cada lado (ida e volta). Na anterior visita, viemos por outro percurso, passando pelo Pico do Facho
A Ponta de S. Lourenço tem características geomorfológicas distintas do resto da ilha.

















Joaninha avoa, avoa / Que o teu pai está em Lisboa


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