sábado, 28 de julho de 2018

No Porto 5

(...)
Dias 15, 16 e 17 de Junho, sexta, sábado e domingo
17 de Junho, manhã
A Brasileira
É hoje, finalmente, o dia de visitar a do Porto, embora apenas a «sala pequena». Na principal está um restaurante. A de Torres Vedras pouco sobreviveu à morte do Sr. Ricardo Lopes em 24 de Outubro de 2015. Se incluir Lisboa-Chiado, Coimbra e Braga, a lista das minhas conhecidas está completa, mas ainda faltaria acrescentar Lisboa-Rossio, Aveiro, Santarém e Sevilha. Para destrinçar a história, ver abaixo os linques, especialmente «Restos de colecção», onde em comentário de leitor se explica a origem da designação «bica».

À esquerda, a Rua do Bonjardim; à direita, a Rua de Sá da Bandeira
10:18

Rua do Bonjardim
Liga a Praça de D. João I e a Rua de Sá da Bandeira

Café (Cafetaria)
Lado da Rua do Bonjardim




Café (Cafetaria), a «sala pequena»
Lado da Rua de Sá da Bandeira

O mesmo

Restaurante

Adriano Soares Telles do Vale, o fundador, cedo emigrado para o Brasil, de onde regressou a Portugal. por motivo de saúde da mulher. Pai de Inocêncio Galvão Teles, filho mais novo, do casamento com a segunda mulher, que veio a ser professor de Direito na Universidade de Lisboa e ministro da Educação Nacional (1962-1968)

Portugal e Brasil na vida de Adriano Telles
No escudo da esquerda, lê-se:  15 de NOV de 1889 / ESTADOS UNIDOS DO BRAZIL. Sob o escudo, na fita: TELLES & C.ª (Em 15 de Novembro de 1889 ocorreu a Proclamação da República Brasileira)
À direita, o escudo português e, na fita,  a data da abertura ao público de A Brasileira: 4-5-1903

Ementa



Entrada para o hotel de cinco estrelas


Hotel Teatro
No piso principal do hotel, o restaurante Palco

Restaurante Palco
Estamos perto do Teatro Sá da Bandeira

«Seus olhos... se eu sei pintar / O que os meus olhos cegou...»
Almeida Garrett, nascido no Porto, fundador do teatro português

SEUS OLHOS

Seus olhos — se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou —
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.

Divino, eterno! — e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fácil poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda a alma senti…
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.

Almeida Garrett, Folhas Caídas, Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses, Lisboa, 1992,  p. 154




O edifício de A Brasileira, ao fundo, visto da confluência da Rua de Sá da Bandeira, com a 31 de Janeiro, muito perto da estação de São Bento


***
http://restosdecoleccao.blogspot.com/2016/08/cafe-brasileira.html (A história. Poderá haver uma ou outra pequena gralha. Onde se vê «possível cliente» sentado com um jornal na mão, deve ver-se o próprio fundador, Adriano Telles, mais à frente apresentado com o mesmo jornal e ao lado o «seu sócio Félix de Mello de pé».)
https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/16723 (Por último, mas não menos importante, o trabalho de Lucília Andreia Félix Coutinho — tese de mestrado — sobre A Brasileira de Coimbra, mas abrangendo no estudo a história e interessantes pormenores e fotografias sobre Adriano Telles e A Brasileira do Porto.)
                                                                                                                                (...)

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