sábado, 6 de dezembro de 2014

Poemas perdidos da vila antiga. Torres Vedras, tão feia e tão bela

 Sábado, 6 de Dezembro, 16 horas


Hoje, no auditório municipal, à avenida 5 de Outubro, sessão de lançamento de um livro, cuja leitura bastante apreciei. Confesso que pude obtê-lo, há algum tempo. 
O que é antigo continua a ser moderno, a fazer parte do nosso convívio. Como não pude viver aqui de criança, vou procurando recriar a minha Torres, a partir de testemunhos pessoais e de livros e imprensa que me possam matar a sede. Foi este o caso.
POEMAS PERDIDOS DA VILA ANTIGA é uma evocação, um chamamento pela memória de vivências e histórias de outros tempos, alguns ainda próximos de nós. Esta Torres Vedras... impõe-se-nos, é sentida e faz-nos entrar na Praça da Jorna, dos Homens, na Praça do Município, ouvir a história de Maria da Purificação (Maria Cachucha), conhecer os campos em redor da «vila». 
Tudo isto, que transpira autenticidade, não é vestido com as galas de uma poesia perfeita. Disso, o autor tem consciência e afirma-o. É um livro útil e com qualidade literária, conseguindo prender o leitor.
Uma descoberta foi a leitura de tantos versos, feita por Luís Filipe Rodrigues. O interesse e valia substancial dos versos vem à tona, compreendemos melhor a sua verdade e carga humana, são de algum modo transcendidos pela belíssima leitura que Luís Filipe Rodrigues deles foi fazendo, para acompanhar a exposição que o autor apresentou à assembleia. 
POEMAS PERDIDOS DA VILA ANTIGA teve, assim, dois ilustradores: o, também, poeta Luís Filipe Rodrigues e o mesmo autor, que,  com os numerosos desenhos que fez para esta edição, deixou um trabalho bastante didáctico. Agradável.
*
A Câmara Municipal esteve representada pela vereadora da Cultura, Dr.ª Ana Umbelino, que considerou oportuno fazer um convite para nova sessão de apresentação da obra nas futuras instalações da Biblioteca Municipal, no edifício da «Moagem Clemente», o que se afigura breve. A directora da biblioteca, Dr.ª Goretti, presente na mesa, sugeriu, então,  uma sala desse edifício, com o castelo em pano de fundo; a vista é muito bela. 
Aguardamos. É que  a sessão a que acabo de assistir merece mais testemunhas.
*
O autor


Joaquim Jorge da Costa Paulino Pereira é Professor no Instituto Superior Técnico, Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos. Consultor. Mestre, pela Universidade Nova de Lisboa, com dissertação sobre Mecânica dos Solos.
Além de publicações sobre a sua especialidade, é também autor de vários livros sobre a maçonaria em Torres Vedras, como se pode ver, aqui.
Em 2013, publicou a Série «Poesia dos Tempos Livres. Poemas sobre tudo e sobre nada»:
Vol 1 - Poemas dispersos em 100 páginas;
vol. 2 - Poemas perdidos da vila antiga. Torres Vedras, tão feia e tão bela;
vol. 3 - Uma tragédia marítima,. O naufrágio da minha nau no ano do Senhor de 1559;
vol. 4 - Castell de Ferro (Granada) - Andaluzia, Espanha;
vol. 5 -. Fernando Pessoa (1888-1935;
vol. 6 - Ensaios em verso.

2 comentários: