Não é por acaso que Fernando Pessoa escreve aquele poema; «Vem, noite antiquíssima e idêntica»... Procurei-o, agora, e vejo que se trata de dois, ambos sob o título DOIS EXCERTOS DE ODES (FINS DE DUAS ODES, NATURALMENTE)
I ................................................................................................................................................ Vem, Noite antiquíssima e idêntica, Noite Rainha nascida destronada, Noite igual por dentro ao silêncio, Noite Com as estrelas lantejoulas rápidas No teu vestido franjado de Infinito. [Etc., etc., etc.]
II
Ah o crepúsculo, o cair da noite, o acender das luzes nas grandes cidades
E a mão de mistério que abafa o bulício, E o cansaço de tudo em nós que nos corrompe Para uma sensação exacta e precisa e activa da Vida! Cada rua é um canal de uma Veneza de tédios E que misterioso o fundo unânime das ruas, Das ruas ao cair da noite, ó Cesário Verde, ó Mestre, Ó do «Sentimento de um Ocidental»! [Etc., etc., etc.] (De Poesias de Álvaro de Campos, Edições Ática, p.155) Vou reler.
Depois de cair a noite, a cidade fica ainda mais bonita....!!!
ResponderEliminarAG
Não é por acaso que Fernando Pessoa escreve aquele poema; «Vem, noite antiquíssima e idêntica»... Procurei-o, agora, e vejo que se trata de dois, ambos sob o título
ResponderEliminarDOIS EXCERTOS DE ODES
(FINS DE DUAS ODES, NATURALMENTE)
I
................................................................................................................................................
Vem, Noite antiquíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite
Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito.
[Etc., etc., etc.]
II
Ah o crepúsculo, o cair da noite, o acender das luzes nas grandes cidades
E a mão de mistério que abafa o bulício,
E o cansaço de tudo em nós que nos corrompe
Para uma sensação exacta e precisa e activa da Vida!
Cada rua é um canal de uma Veneza de tédios
E que misterioso o fundo unânime das ruas,
Das ruas ao cair da noite, ó Cesário Verde, ó Mestre,
Ó do «Sentimento de um Ocidental»!
[Etc., etc., etc.]
(De Poesias de Álvaro de Campos, Edições Ática, p.155)
Vou reler.