Sábado, à tarde
Pode-se nadar,
voar, sobrevoar e... caminhar. Pode-se, ainda, simplesmente estar. O pato
nadou, a ave voou, sem que a visse, mas voou. Eu, sobrevoei, que é como quem
diz, atravessei a ponte ciclo-pedonal, observando tudo quase aereamente, com
uma percepção geral. Finalmente, caminhei um pouco e estive por uns momentos no
novo café do Choupal.
Antes de mais:
depois de atravessar a Ponte da Mentira, entrei num caminho junto ao rio e um
aroma forte a água doce, como a água da albufeira de Montargil, quando nela imergíamos,
chegou até até mim. Ao passar pelo Atelier dos Brinquedos, para aceder à ponte,
parei um pouco, apreciando uma original porta, com manípulo e pronta para a
brincadeira, não estivesse ela na casa dos brinquedos. Não está na vertical,
como as outras portas. Parece um rapaz no meio de se deixar cair em sentido,
braços junto ao corpo e assentando as palmas da mão no solo. A porta está na
parede, solidária com ela na inclinação. Na casa dos brinquedos, brinca-se,
joga-se, canta-se, transporta-nos a um mundo de todos os possíveis.
Canta-se... É a
nossa Casa da Música. Ao vê-la deste lado, logo lembramos a mãe, a Casa da
Música do Largo da Boavista, no Porto. O arquitecto que a desenhou teve
certamente, ali, a sua inspiração. De umas terras ás outras vemos passar os
mesmos modelos civilizacionais.
O Xeirinho está
muito frequentado; hoje, não tinha mãos a medir. É uma p., nem consigo que o C.
tenha uma aberta para falar comigo. Este café está a resultar, em pleno.
Fico contente.
A «Casa da Música»
A porta da «Casa da Música»
Sobrevoando o Atelier dos Brinquedos
O café
O Choupal ficou muito bonito..., acolhedor....!!!
ResponderEliminarTorres Vedras tem agora mais um agradável espaço de lazer....
E o Xeirinho..? Está o máximo...!!!
Só tenho pena que o coreto tivesse sido retirado...
Bom fim de semana
AG
É verdade, é verdade. Concordo com o que diz do coreto. Há quem diga que não tinha valor patrimonial. Foi mais ou menos isso o que me disse alguém, grande conhecedor e defensor esclarecido do património torriense; mas, restaurado ou construído de novo, podia conviver com o gosto dominante do conjunto. Tenho um grande apreço pelos coretos. Este tinha a sua história. Por mim, então recentemente chegado a Torres Vedras, guardo na memória a missa nova do Padre Luís Germano, que muito cedo nos deixou. Foi no Choupal e penso que o altar estava no coreto.
EliminarBom domingo para si.
JL