segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Eu não sei que tenho em Évora...

9 de Outubro, manhã cedo
Estou a sair da cidade, já a vou deixando para trás, a viagem começou. Faz parte de mim. Não é fazer parte, sou Évora e quero conhecer-me melhor. Por isso, volto... Há aspectos novos, a cada passo, muralha romana, restos de construções que subsistem no subsolo, ruas e travessas que julgávamos conhecer razoavelmente, mas não é assim. Vamos crescendo no conhecimento da cidade, que assimilamos à nossa substância. Ainda em Évora, a sair de Évora, já tenho saudades dela, já tenho saudades de mim.
Há coisas, gente que temos dentro de nós, a terra em que nascemos, aquela em que vivemos e outras, em Portugal ou fora da casa lusitana..., mas, ai!, Évora...
Eu não sei que tenho em Évora*...
*
No regresso a Torres Vedras vou levando algumas imagens de lembrança, para juntar a muitas outras dos mesmos espaços do percurso, da Rua da Lagoa à estação ferroviária de Évora. É o eixo que atravessa a cidade...
(A leitura é de cima para baixo e da esquerda para a direita)

Rua de José Elias Garcia; Troço da Rua de João de Deus

Os Arcos, troço da Rua de João de Deus
Ao fundo, já na parte da Praça do Geraldo

 Praça do Geraldo, vista da Rua de S. João de Deus
Ao fundo, o edifício da agência do Banco de Portugal

 
Praça do Geraldo; edifícios do lado direito, vendo a partir da igreja de Santo Antão




Rua da República
Calçada portuguesa, junto à agência do Banco de Portugal

No lado fronteiro ao alçado lateral da agência do Banco de Portugal, esta placa comemorativa da proclamação da República em Évora

Fim dos arcos, junto à Rua de Miguel Bombarda

Restaurante Guião
Ao fundo, lado direito, parte posterior da igreja de S. Francisco

«Somos o mais antigo Restaurante da cidade de Évora em funcionamento, Com perto de 100 anos existência» (Do facebook do restaurante) Quando criança e jovem por aqui passava, parecia-me um restaurante para ricos. Deve continuar a ser um bom restaurante.


Um pouco mais abaixo, edifício em reabilitação, onde estavam as oficinas da firma Archiminio Caeiro Lda, fundada em 1947 «ligada ao ramo automóvel, que se tornará uma importante empresa do ramo na cidade, com estabelecimentos também em Elvas e em Estremoz»** ; Restaurante Liberalitas Julia, nome romano  da cidade romana de que Évora é filha.

Preços acessíveis

Um pouco mais abaixo, em frente à rampa de entrada na estação rodoviária de A Transportadora Setubalense, de João Cândido Belo, hoje afecta a outra actividade, fonte encastrada na parede do  que foi o Convento de S. Francisco. Desactivada

Palácio Barahona
É o último edifício da Rua da República. Vista, através da grelha do portão. Residência do Dr. Francisco Barahona, foi sede da Companhia de Seguros A Pátria e é actualmente a sede do Tribunal da Relação de Évora

Chegamos ao Rossio, vendo-se a muralha e muro que limitam desta parte o Jardim Público;
Rossio. Ontem houve a feira/mercado das segundas terças-feiras de cada mês. Perguntado um dos feirantes, respondeu que ficaria até às duas e meia, três horas, se houvesse fregueses. As marcas a cal (?) branca são demonstrativas da actividade que ali ocorreu.

Chafariz do Rossio de São Brás


Ermida de São Brás a precisar de restauro no revestimento (reboco e pintura) exterior

Na Avenida Dr. Francisco Barahona

Alquimia Madeirense, restaurante / Bar


Um dos azulejos da estação ferroviária de Évora, de Jorge Colaço (1868-1942), autor entre muitas outras obras, dos azulejos da estação ferroviária de S. Bento, no Porto ***

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https://www.youtube.com/watch?v=RJO5k-t3CQQ (Eu não sei que tenho em Évora, por Dulce Pontes. Há mais interpretações, por Nuno da Câmara Pereira, Manuel Batista, Luís Piçarra, voz lindíssima, com alterações importantes na letra: Moura, por Évora, «Quando chego ao Guadiana», em vez de «Quando chego ao rio Tejo», «terra da minha alma», em vez de «Alentejo da minha alma», embora na repetição da estrofe cante «Alentejo da minha alma». E outras interpretações)
** https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3353.pdf («As associações capitalistas eborenses: actores, áreas de negócio e ritmos de formação (1889-1960)», de Paulo Eduardo Guimarães)
*** https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Cola%C3%A7o (wikipédia sobre Jorge Colaço)

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