Torres
Vedras, 25 de Abril de 2016
Foi
hoje a cerimónia da inauguração das novas instalações da Biblioteca Municipal
de Torres Vedras. São provisórias, mas a qualificação é injusta, pois, enquanto
se aguarda o edifício definitivo, com processo de captação de verbas já
iniciado, temos a sensação de melhoria, de mais amplo espaço. Verdade que temos
saudade da 5 de Outubro e parecia fazer sentido mudar directamente para o lugar
onde foi uma das instalações fabris da Casa Hipólito, a par da igreja de
Santiago, hoje, parque de estacionamento. Os SMAS podiam ter ficado mais algum
tempo na Rua Cândido dos Reis… Poupava-se dinheiro? São contas que não sei
fazer. Até o engenheiro Guterres hesitou um dia, quando lhe perguntaram pelos
números exactos do défice. E, ao menos, tinha os meios de responder: «É só
fazer as contas.» — disse ao jornalista que o interpelou.
Pouco
antes das 17 horas, já lá estava. O ambiente era de alguma expectativa,
alegria, também, bom para conversar com pessoas conhecidas, estimadas.
25
de Abril. Havia cravos vermelhos, para quem queria. A importância da data,
comemorativa do dia 25 de Abril de 1974, justifica-se plenamente, por ter sido
o início do caminho do povo português para o regime democrático, recebido com
simpatia pela maioria.
Largo
de Santiago, Largo do Clemente ou Largo do Dr. Justino Xavier da Silva Freire
(curiosamente, o seu neto mais novo foi o segundo director da biblioteca,
conforme aprendemos na nota informativa exposta em grande painel, sobre este
estabelecimento de educação, cultura e lazer e a «Moagem Clemente», que
actualmente o alberga), foi aqui que em ambiente cívico e de festa se
perfilaram as entidades diante do público que ali quis acorrer. Começou por
dirigir-se aos presentes o presidente da União de Freguesias de Torres Vedras (Santa
Maria, São Pedro e Santiago) e Matacães, Francisco Martins, seguindo-se o
presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, o anterior
presidente, ora secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, e o
ministro-adjunto da Presidência, Eduardo Cabrita. No decorrer das alocuções
foram recordados alguns anteriores chefes do executivo municipal, sem esquecer
Alberto Avelino, também mencionado por Eduardo Cabrita, como deputado às
Constituintes, de onde saiu a Constituição da República Portuguesa, aprovada em
2 de Abril de 1976.
É
de assinalar o papel que a biblioteca terá na reanimação do centro histórico,
onde se insere, com os seus para cima de 50 000 leitores que regista
anualmente, como referiu o presidente da Câmara. Na sua intervenção, Carlos
Miguel sublinhou a mesma ideia, ao afirmar que serão recebidas 5 000 visitas
por mês.
Da
visita à biblioteca, deixamos algumas imagens. Como não pretendemos ser
exaustivos, fica por mostrar, por exemplo, o espaço do conto, aliás muito
fotogénico.
O
último piso, a que se acede por escada de madeira, de um só lanço, reserva-nos
uma grande sala de leitura (comunica com outra ao lado, gémea dela), ligando à parte posterior, onde se abre um compartimento
rectangular, em que o lado maior é quase igual à largura somada das salas precedentes. Aqui é o
lugar de que já me tinha chegado notícia, pela beleza do panorama que se
disfruta, com vista para o castelo. Disso não quisemos privar o leitor.
No
largo, cá fora, convívio à antiga, à volta das mesas, em refeição volante,
ligeira. À saída, quis participar no frugal repasto, escolhendo uma miniatura
de bolo de uma das mesas e regressando a casa, que amanhã também é dia.
Hoje,
haverá, ainda, pelas 21h30, «serão de CONTOS, CANTOS E OUTROS TANTOS - Sessões
de narração de contos tradicionais portugueses, com Ana Sofia Paiva». [Do facebook da
B. M. de T. Vedras.]
Quarta-feira
é dia de reinício das actividades habituais da biblioteca e lá estaremos.
Quem sobe as escadas, encontra esta frase
E esta
Ao fundo, a recepção; à esquerda, prateleiras do audiovisual
À direita, revistas; por trás das estantes, zona de leitura de jornais
Sala para a idade infanto-juvenil
Espaço infanto-juvenil, visto do lado oposto
Sala para a idade juvenil
No canto esquerdo, depois desta secretária (ver a imagem seguinte), duas peças da artista Lúcia David, The Serie «The Library», 2005
No canto esquerdo, depois desta secretária (ver a imagem seguinte), duas peças da artista Lúcia David, The Serie «The Library», 2005
Estas duas peças estiveram patentes na exposição individual de Lúcia David em 2005
Galeria Municipal Paços do Concelho – Torres Vedras
Em lugar de passagem, é obrigatório ler estes textos. O segundo é uma bela evocação do moer das horas diurnas e nocturnas dentro do estabelecimento; os rapazes guinchavam, as pedras chiavam, na passagem da galera do Clemente de e para a estação do caminho-de-ferro... «Emudeciam, porém, os homens: passava o transporte do pão sagrado.»
Sala de leitura para adultos, no último piso
Esta sala, de que se mostra só parte do lado do Largo do Dr. Justino Freire, comunica com outra, também grande. Podemos falar de sala dupla.
Janela-miradouro
Obs. - Legendas a completar, 4.ª-feira.
[Acrescentadas as legendas, em 27-04-2016. Complementar esta mensagem com esta outra, que a completa e esclarece.]
[Acrescentadas as legendas, em 27-04-2016. Complementar esta mensagem com esta outra, que a completa e esclarece.]
Tive pena de não estar na inauguração...
ResponderEliminarQuero lá passar, talvez amanhã, acho até que é o primeiro dia em que a biblioteca está aberta ao público, verdade?
Pelas fotos acho que o espaço está muito bonito e acolhedor...
Mas fiquei com uma dúvida: então este não é o espaço definitivo para a biblioteca municipal? Ainda haverá outra mudança!?!?!?!?
Continuação de uma boa semana
AG
O processo já está iniciado e creio que o financiamento garantido, pelo menos é o que foi confirmado pelo Dr. Carlos Miguel, se a memória, mesmo recente, me não engana. O espaço é aquele a que se acede pela Rua Dr. Aleixo Ferreira, pela Rua do Terreirinho e pela Serpa Pinto. Hoje, é um parque de estacionamento.
EliminarBoa semana
JL