quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Évora



Évora, cidade


4 de Fevereiro
Estive na «mui nobre e sempre leal», à procura das estátuas espalhadas por vários lugares da cidade e construídas durante o Simpósio Internacional de Escultura em Pedra, que ali teve lugar em 1981. E, de caminho, visitei pessoa de família.
7 h e 11 minutos — partida de Torres Vedras, estação do caminho-de-ferro;
8 h e 59 minutos — partida de Entrecampos, estação de caminho-de-ferro;
10 h e 25 minutos — chegada a Évora.
Almoço na Pipa Redonda — Restauração Unipessoal, Lda, Rua de Serpa Pinto, 28 A, passe a publicidade. 
Descanso no jardim.
Fotografias no jardim e na mata, zona envolvente da Rotunda do Raimundo, Convento dos Remédios, Praça de Giraldo, Jardim de Diana, jardim do Largo dos Colegiais. Por fim, já quase não havia luz. Estava saturado.


5 de Fevereiro
7 h e 2 minutos — depois de fotografar os painéis de azulejos da parede interior, frente à via férrea, ainda era de noite, partida. Ao iniciar a marcha, ouve-se pelo sistema de som do comboio: «Bem-vindo a bordo! …      …»
***
Tive alguma dificuldade em cumprir logo o que me tinha proposto, o registo fotográfico das peças referidas, pois fiquei preso na estação e na avenida da estação (do Dr. Barahona) e na ermida de São Brás e no Rossio do mesmo nome. O mesmo aconteceu no Jardim Público, onde não pude deixar de me repetir e cercar Bela e tirar-lhe mais uma vez o retrato. O Jardim e a Mata têm algumas pequenas porções de terra batida a precisar de atenção, sobretudo na Mata crescem espontaneamente espécies vegetais, já com 20 e 30 cm. É sabido que a Câmara Municipal tem dificuldades de orçamento; no entanto, havia zeladores a limpar as árvores, cortando galhos e chamiços.

A estátua de Vasco da Gama, o cedro caído, o repuxo do lago dos cisnes, a antiga arena, a Rua de Bernardo Matos
 A estátua de Vasco da Gama foi derrubada por um cedro, o que estava à entrada do jardim, do lado esquerdo de quem entra pela zona do Mercado. Diz-me uma senhora que o cedro do outro lado também cedeu, mas foi amparado pela mui pequena casinha que ali está de guarda. Vendo bem, não parece ter sido assim. Tudo trabalho dos ventos muito fortes do passado dia 19 de Janeiro, pelas dez e meia, que atingiram a velocidade de 120 Km/h.
O repuxo do lago dos cisnes, perto da estante de alvenaria, toda de branco e hoje sem porta, biblioteca de Verão, em que um funcionário emprestava livros para leitura no jardim, está violento. Que barulheira! Era impossível os cisnes aguentarem. Na água, nenhum. Pouco depois, ao dar a volta, para espanto meu, vi dois, um branco e outro nem tanto, em terra. Sem aquele tamanho e sem a graciosidade majestosa dos antigos cisnes deslizando na água. Diz-me o senhor que limpava as árvores, sobre o repuxo, da largura de uma boca de incêndio larga dos bombeiros e subindo no ar cinco, seis metros, ser ele preciso, para arejar a água.
Ao fundo da Rua do Raimundo, onde era a oficina da Citroen e um celeiro (ao que creio), andam em obras. Do lado de dentro nascem aqueles tufos de ferro armado para levar cimento. Por dentro, tudo novo, o miolo é todo novo. Perguntei a um jovem dos seus trinta, trinta e cinco anos o que tinha sido aquele espaço e ele: «praça de touros». Por acaso, tinha-me vindo à cabeça a semelhança da curvatura da parede com o redondel de uma praça de touros. Acontece que pessoas já idosas, de setenta anos e mais, sempre conheceram a arena de Évora, onde ela está agora.
Perguntei a um passante, pessoa despachada, na casa dos quarenta e tal, bem apessoado, o nome da rua em que estávamos. A via em questão está perto da Rua de Romão Ramalho, do Beco do Chantre e liga à Praça de Giraldo. O senhor, homem da cidade, também não sabia. Passa um homem novo, quase alto e um pouco delgado, chinês, de um estabelecimento chinês, ali perto, e, sem lhe perguntarmos, diz, sem se deter, continuando o seu caminho: «Rua Bernardo Matos.» E a pessoa, a quem eu perguntara, bem humorada: «Ao que nós chegámos!» Foi preciso vir uma pessoa lá da China para nos dizer o nome da rua, de nós bem conhecida. Sabida e ressabida.
Tanta rua, travessa, beco, pormenor esquecido ou em que nunca tínhamos atentado.
Quanto ao resto do percurso, deixemos algumas fotografias falar.

 1 - Estação do caminho-de-ferro

 2 - Ermida de São Brás

3 - Diana de Liz, que foi mulher de Ferreira de Castro

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6 - Aqui, descansei

 7 - A mesma cadeira; o Guilhas gravou nome e data: 11/1/011

8 - Florbela

9 - Pedestal do monumento a Vasco da Gama, oferecido a Portugal pela província do Natal, África do Sul, comemorativo dos 500 anos do seu nascimento

10 - O que sobrou do cedro, depois de cortado

11 - O cedro supérstite

              12 - Casa de guarda


13 - Vista do coreto; será esta a árvore, que não caiu porque teve algo a que se apoiar?
  
14 - Muro em reparação; separa do antigo quartel de Artilharia 3

15 - Recanto da mata


16 - A Rotunda do Raimundo, o Arco do Triunfo e começo da Rua de Viana

 17 - Recanto da mata, sobranceiro à Porta do Raimundo

 18 - Belas pedras, que nos devolvem aos afloramentos graníticos da paisagem da região

19 - A Rotunda do Raimundo, com a fonte cibernética


20 - Fonte cibernética


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22 - Rua de Viana, antiga estada de Viana do Alentejo


  
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24 - O Arco do Triunfo, de João Cutileiro



25 - A arena


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27 - Fachada do Convento dos Remédios

28 - Páteo das Romãs, no Convento dos Remédios


29 - Outra vista do Páteo

 30 - A Vestal de Diana (figura bífida), de João Cutileiro

31 - Cemitério dos Remédios, entrada monumental, que pertenceu ao demolido Convento de S. Domingos

32 - Évora Revisitada I, de João Cutileiro

33 - A mesma obra, foto tirada em 5-2-2012

34 - Jardim de Diana

35 - Outra vista do mesmo jardim


36- No Jardim de Diana, monumento ao Dr. Barahona. «Évora reconhecida»

37 - Escultura, de Pedro Fazenda

38 - Escultura, outro aspecto

39 - E outro


40 - E outro


41 - A Lua, de Luísa Perienes


42 - O outro lado d' A Lua
      
43 - Monumento Megalítico, de Pedro Ramos


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45 - La Pleine Lune S'Abîme dans la Mer Agitée, de Syoho Kitagawa 

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 48 - Quiosque, no Jardim de Diana

 49 - Estela, junto ao Buraco dos Colegiais

50 - Buraco dos Colegiais

 51 - Afloramentos, de Manuel Rosa, no Jardim dos Colegiais

 52 - The Castle of the Eye, de Minoru Niizuma, no Jardim dos Colegiais

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Aspecto do largo dos Colegiais antes da intervenção. Em Novembro de 1953 a Casa Cadaval doou ao município o terreno adjacente ao Buraco dos Colegiais para arranjo e ajardinamento, reservando essa passagem a peões, obra que ficou pronta em 1955.

       Autor David Freitas; Data Fotografia 1953 ant. -; Legenda Largo dos Colegiais antes da intervenção; Cota DFT2711 -                  

       Propriedade  Arquivo Fotográfico CME5.

       (Fotografia e legenda, tirados da internet - viverevora.blogspot.pt/2011/11/evora-perdida-no-tempo-largo-dos.html)


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55 - Os Meninos da Graça, na estação do caminho-de-ferro, lado junto à linha




56 - Quadro das Alterações de Évora, no mesmo local


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     As esculturas/construções escultóricas com os números 16, 19, 20, 23, 24 -- o Arco do Triunfo, de João Cutileiro, e a fonte cibernética, do arq. paisagista Caldeira Cabral, são posteriores em cerca de duas décadas às obras aqui apresentadas como pertencentes ao ano de 1981, salvo uma ou outra, que nem é preciso identificar. Falta ainda mostrar imagem da obra de Pedro Croft, junto ao Palácio da Inquisição, e da peça que se encontra colocada no pátio de entrada para o claustro da Universidade de Évora, da autoria de Ulrich Ruckriem.

     Em próxima mensagem, farei a legenda das imagens aqui apresentadas e indicarei os nomes dos intervenientes no Simpósio Internacional de Escultura em Pedra, Évora, 1981, e das peças por eles criadas no decorrer desse evento.

     Nota: A legendagem foi incluída nesta mensagem, em 14-02-2013; para o que se prometeu dizer do Simpósio, nomes dos intervenientes e peças por eles criadas, ver mensagem de 16 de Fevereiro.



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