Ver o artigo, aqui referido, neste blogue, em 21 de Fevereiro.*
AO – Emoção não é razão
Prossegue o PÚBLICO a sua campanha contra o Acordo Ortográfico
(AO). Desta feita com mais uma página disponibilizada em 21 de fevereiro de
2013 a uma professora catedrática que, infelizmente, também só se socorre de
argumentos emotivos, mas sem razão. Continua a confundir ortografia com
oralidade. Insisto que é esta que determina aquela, tal como não seria pelo
facto de, por exemplo, os russos ou os gregos trocarem o alfabeto cirílico pelo
latino que passariam a falar língua diferente. Argumentos como “línguas ameaçadas de extinção” não se aplicam ao português falado por centenas de milhões de
pessoas em todo o mundo. Tal como comparar “ato” ao correspondente inglês “act”
é um embuste, porque os ingleses pronunciam o “c” e nós não. Salvo se queremos manter a subordinação à cultura britânica
que faz com que muitos dos opositores do AO pronunciem à inglesa as nossas
palavras como “mídia”, “Flórida”, “éme-ai-ti”, “rèiguebi”, etc. Do mesmo modo, não fica bem a uma catedrática invocar
“fato” em lugar de “facto”, pois nós pronunciamos e portanto escrevemos
“facto”. Assim como é lamentável o argumento de “regime totalitário” atribuído ao AO qualificado como “barbaridade”. Igual
lógica legitimaria acusar do mesmo os opositores do AO ao insistirem na sua
revogação. Ninguém os culpa por continuarem a escrever à moda antiga, salvo
daqui a uns anos os adolescentes que lhes chamarão analfabetos… Como o PÚBLICO
não gosta de oposição, já sei o destino deste comentário — a cesta secção (e
não seção, porque pronuncio o “c”, ao contrário dos irmãos brasileiros).
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