domingo, 4 de dezembro de 2016

Obidos, Vila Natal

Sábado, 3 Dez. 2016
Faz sempre bem ir a Óbidos. até um equívoco serve de convite. Vamos ver o Principezinho na cerca do Castelo. Uma tarde bem passada pode ter um motivo gratuito ou o único de estarmos juntos. Sem bilhete a pagar. O caso foi que no aposento de madeira designado ESPLANADA estivemos algum tempo sem nada que fazer, gozando só o estar sem nada fazer, coisa em que os italianos nos terão provavelmente precedido. Pelo menos, é deles a expressão em que o conceito se consagrou entre as nações. Dolce far niente, olhando pelo «vidro» como o das tendas de campismo para o palco onde se iria representar O PRINCIPEZINHO, de Saint-Exupéry.
Não foi bem assim. Acabámos por assistir a uma série de momentos teatrais, a uma «rapsódia» de temas. Deixamos de mostrar um deles, dança das «arábias» em que a dançarina era um títere. Muito bonito, para gáudio das crianças de todas as idades que ali estavam. Fique aqui para amostra um jogo malabar com bolas, ao som da música. É sempre o mesmo, mas não deixem de ver até ao fim. Lembrai-vos do Bolero, de Ravel, que também parece ser sempre o mesmo..., salvo as devidas distâncias. Quando a focagem se esfumar em neblina, esperai um pouco, enquanto a música continua. De O PRINCIPEZINHO, só o palco que lhe deve o nome.
Pagámos bilhete e ficámos a ganhar.
A dupla de actores está de parabéns.

A tarde estava de chuva. Passada a porta de entrada principal, estamos num espaço de passagem — a capela de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Óbidos, com um varandim forrado de azulejos —, com saída por outra porta, à direita da parede fronteira. Curiosa capela, atravessada como uma rua, conserva a sua espiritualidade nos níveis mais elevados, com a imagem da Virgem, os azulejos em branco e azul e o tecto pintado. Passada ela, estamos dentro das muralhas. Aqui começa a velha Óbidos. Primeira fotografia: a Rua Direita e a outra que lhe corre paralela, a «casa da música», à esquerda, o monumento camoniano...
Já no recinto do castelo, entramos no pavilhão em madeira da «Rua das Prendas» e no piso superior tomamos qualquer coisa, aguardando que chegue a hora do espectáculo. Donde estamos, vemos o Palco Principezinho, onde irá ocorrer o espectáculo para crianças de todas idades. Ainda há tempo de apreciar as actividades para todos os gostos no largo e declivoso recinto: comes e bebes (hambúrgueres, pão com chouriço, ginja em copo de chocolate, castanhas assadas), carrossel infantil, canto da biblioteca..., com um bibliotecário especial — velho, o manto e o carapuço vermelhos, as abas brancas, da mesma cor da barba.
Entramos no espaço do palco. Várias situações mais ou menos circenses nos esperam. O agrado é geral e as palmas aparecem.
Da peça baseada n'O PRINCIPEZINHO que esperávamos ver por um equívoco de nome, nada feito. Restou o cartaz no palco com a imagem do livro  o planeta —, onde estava sentado o Principezinho, que aqui em Óbidos, no ano de 2016, foi o inspirador da actuação dos dois artistas. Bom trabalho!
Deixamos Óbidos, contentes, descendo a rua que desce da igreja de Santiago, bem comprida, devagar, num dia de chuva...

2 comentários:

  1. A Vila de Óbidos é sempre linda...!!! Mesmo com chuva....
    Parabéns pelos vídeos
    Bom domingo
    AG

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    1. Obrigado. A chuva é precisa e era pouca. Bom domingo.
      JL

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