Sábado,
3 Dez. 2016
Faz
sempre bem ir a Óbidos. até um equívoco serve de convite. Vamos ver o
Principezinho na cerca do Castelo. Uma tarde bem passada pode ter um motivo
gratuito ou o único de estarmos juntos. Sem bilhete a pagar. O caso foi que no
aposento de madeira designado ESPLANADA estivemos algum tempo sem nada que
fazer, gozando só o estar sem nada fazer, coisa em que os italianos nos terão
provavelmente precedido. Pelo menos, é deles a expressão em que o conceito se
consagrou entre as nações. Dolce far
niente, olhando pelo «vidro» como o das tendas de campismo para o palco
onde se iria representar O PRINCIPEZINHO, de Saint-Exupéry.
Não
foi bem assim. Acabámos por assistir a uma série de momentos teatrais, a uma
«rapsódia» de temas. Deixamos de mostrar um deles, dança das «arábias» em que a
dançarina era um títere. Muito bonito, para gáudio das crianças de todas as
idades que ali estavam. Fique aqui para amostra um jogo malabar com bolas, ao
som da música. É sempre o mesmo, mas não deixem de ver até ao fim. Lembrai-vos
do Bolero, de Ravel, que também
parece ser sempre o mesmo..., salvo as devidas distâncias. Quando a focagem se
esfumar em neblina, esperai um pouco, enquanto a música continua. De O
PRINCIPEZINHO, só o palco que lhe deve o nome.
Pagámos
bilhete e ficámos a ganhar.
A
dupla de actores está de parabéns.
A
tarde estava de chuva. Passada a porta de entrada principal, estamos num espaço
de passagem — a capela de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Óbidos, com um
varandim forrado de azulejos —, com saída por outra porta, à direita da parede
fronteira. Curiosa capela, atravessada como uma rua, conserva a sua
espiritualidade nos níveis mais elevados, com a imagem da Virgem, os azulejos
em branco e azul e o tecto pintado. Passada ela, estamos dentro das muralhas.
Aqui começa a velha Óbidos. Primeira fotografia: a Rua Direita e a outra que
lhe corre paralela, a «casa da música», à esquerda, o monumento camoniano...
Já
no recinto do castelo, entramos no pavilhão em madeira da «Rua das Prendas» e
no piso superior tomamos qualquer coisa, aguardando que chegue a hora do
espectáculo. Donde estamos, vemos o Palco Principezinho, onde irá ocorrer o
espectáculo para crianças de todas idades. Ainda há tempo de apreciar as
actividades para todos os gostos no largo e declivoso recinto: comes e bebes
(hambúrgueres, pão com chouriço, ginja em copo de chocolate, castanhas
assadas), carrossel infantil, canto da biblioteca..., com um bibliotecário
especial — velho, o manto e o carapuço vermelhos, as abas brancas, da mesma cor
da barba.
Entramos
no espaço do palco. Várias situações mais ou menos circenses nos esperam. O
agrado é geral e as palmas aparecem.
Da
peça baseada n'O PRINCIPEZINHO que esperávamos ver por um equívoco de nome,
nada feito. Restou o cartaz no palco com a imagem do livro — o planeta —, onde
estava sentado o Principezinho, que aqui em Óbidos, no ano de 2016, foi o
inspirador da actuação dos dois artistas. Bom trabalho!
Deixamos
Óbidos, contentes, descendo a rua que desce da igreja de Santiago, bem
comprida, devagar, num dia de chuva...
A Vila de Óbidos é sempre linda...!!! Mesmo com chuva....
ResponderEliminarParabéns pelos vídeos
Bom domingo
AG
Obrigado. A chuva é precisa e era pouca. Bom domingo.
EliminarJL