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15, 16 e 17 de Junho, sexta, sábado e domingo
16 de Junho, tarde
Depois da Quinta da Boeira, descemos a Rua do Conselheiro Veloso
da Cruz. A princípio, mal vimos as paredes rasgadas; logo a seguir, fomos
obrigados a parar perante a fachada central da, um dia activa e de grande
proeminência nacional nas suas actividades, Companhia Cerâmica das Devesas.
Continuamos até entrar na do Visconde das Devesas. Vamos
subindo..., detemo-nos diante de um grande edifício. Respira carácter e merece
alguma forma de continuidade, continuando a navegar embora noutras águas, a
exemplo do barco à vela do frontão. Ostenta, ainda, o mote que orientou o(s)
fundador(es) e o baixo-relevo indicador da actividade principal, mas tudo
desconhecemos, por ora.
Subimos até à firma Poças Júnior, pouco adiante no lado oposto da
rua. A receber-nos estava — como na quinta da Boeira — uma senhora, verdadeira
embaixadora da casa, que nos acompanhou às caves, explicando tudo sobre os
terrenos, castas, processos de fabrico, tipos de vinho, armazenamento dos
vinhos nas pipas, anos de envelhecimento, as madeiras, qualidade e
proveniência, enfim, todos os cuidados a ter... Um encanto ouvir falar de
vinhos, com sabedoria, mesmo para quem eventualmente não goste ou não beba o
precioso néctar de Baco; dá força e anima, alegra e dá asas ao espírito,
presente na mesa do rico e do pobre. Quem não saboreasse o paladar da bebida,
viria satisfeito pelo paladar das palavras que fomos ouvindo...
Entramos no autocarro-de-ver-as-vistas, SIGHTSEEING (bilhete para
dois dias), voltamos ao Porto.
O que mais nos tocou, por cima de tanta beleza e motivos de
interesse, foi a descoberta, o encontro, visão, aparição, depois mesmo da
Batalha, de Santo Ildefonso, o primeiro troço da Rua de..., mas no segundo, a
gente humana, nossos irmãos, enchem a Rua de... Santa Catarina (ai, Rua das
Flores, tão bela, me desculpe o pecadilho, o dia tem horas para nenhuma ficar
esquecida...). Tantos homens, mulheres, rapazes, raparigas, vestidos com gosto,
cores, pequenos grupos conversando calmamente nas esquinas com a Rua de Passos
Manuel; o rio move-se devagar; nele, ondinos e ondinas vão, estão. A alegria
nasce deles e sobe em nuvem, atmosfera. Chega até nós, no
autocarro-de-ver-as-vistas. Um espanhol (atrás de mim, que fotografava de pé,
ali, como não ser excessivo?), diz qualquer coisa: «mais fotografia!?, outra
fotografia!?, invectiva, brincando no tom, tocado pela nuvem?... Lembrei logo a
pequenina «Rua Grande» de Montargil; aos domingos estava cheia, na meia dúzia
de anos que a barragem levou a construir.
É a «Rua das Montras», estabelecimentos de vário tipo e o célebre
café, o MAJESTIC.
Uma vez no Porto, descemos nos Aliados e dirigimo-nos à Ribeira.
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COMPANHIA CERÂMICA DAS DEVESAS
No medalhão estão representadas a Indústria e a Arte
À esquerda, lê-se FUNDADA EM 1865. À direita, REFORMADA EM 1900
No sítio do mastro, sobre o que resta de uma base, estava a estátua do fundador, António
Almeida da Costa
(Rua do Conselheiro Veloso da Cruz)
A herança patrimonial da
Companhia Cerâmica das Devesas integra o palacete do fundador, as casas dos
operários, o quarteirão norte da fábrica e o quarteirão sul, com valor
arquelógico-industrial, em parte conhecido e em parte ainda por desvendar. A
proposta de projecto lançada na década de oitenta, deve ser alargada para um Museu
Nacional das Artes Industriais, como defende Francisco Queiroz nas
conclusões do texto de 2004, A Fábrica de Cerâmica das Devesas – património
industrial em risco. (Ver, abaixo, o artigo deste autor, em
«Mais Referências»)
«Conjunto industrial integrando o núcleo fabril
1, o núcleo fabril 2, a Casa António Almeida da Costa, o Bairro dos Operários,
o Bairro dos Contramestres, a Creche Emília de Jesus Costa, o Asilo António
Almeida da Costa e o Conjunto Habitacional e Depósito de Materiais do Porto.»
Refira-se, também o muro-mostruário. (Ver, abaixo, sítio do SIPA, Património
Cultural, em «Mais Referências»)
Depois de
um moroso percurso entre os interesses do processo de classificação e os do
proponente da urbanização do espaço, a degradação tem vindo a aumentar.Qualquer dia não haverá nada aqui que valorize Gaia, em
vários sentidos, atraindo pessoas para trabalhar, para visitar...
14:40
Mais imagens,
aqui.
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14.44
Rua do Visconde das Devesas
Audaces Fortuna Juvat
A Sorte Ajuda os Audazes
Rua do Visconde das Devesas
Fica para trás este importante edifício. Aproximamo-nos de POÇAS JÚNIOR
2018 - Celebra-se o centenário da POÇAS JÚNIOR
(Rua do Visconde das Devesas)
E cá vamos...
Vista do Porto, tirada da Ponte do Infante
Avista-se a Ponte de D. Maria Pia e, mais além, a Ponte de S. João (Linha do Norte)
Ponte do Infante
Rua das Fontainhas
Rua do Duque de Loulé
Rua do Duque de Loulé
Fim da Rua de Alexandre Herculano
Entramos na Praça da Batalha
Na Praça da Batalha
Sobre o que o revestimento azulejar mostra e ensina sobre história e doutrina, ver, abaixo, em Mais Referências. Faça o mesmo sobre a figura de Santo Ildefonso, um dos Padres da Igreja, que nos é apresentado em artigo breve e claro, para a dificuldade do assunto. Muita coisa se perdeu dos escritos de Santo Ildefonso, mas alguns chegaram até nós.
Rua de Santa Catarina
Começa na Praça da Batalha, cruza a Rua de Passos Manuel, a Rua Formosa e termina na Rua de Fernandes Tomás, com a Capela das Almas numa das esquinas
Na Rua de Santa Catarina morou Guerra Junqueiro
Deixamos a Rua de Passos Manuel
Praça de Dom João I
Avenida dos Aliados
18:06
18:43
O wifi não entrou no restaurante, onde tomámos uma refeição. Não houve rede que passasse a prova do granito...
Casa onde nasceu o Infante D. Henrique
Mais,
aqui.
Lápide comemorativa do V Centenário do nascimento do Infante D. Henrique, 1894
AQUI NASCEU NO DIA 4 DE MARÇO DO ANO DO SENHOR 1394
O ÍNCLITO HENRIQUE FILHO DE D. JOÃO I DUQUE DE VISEU
SENHOR DA COVILHÃ MESTRE DA ORDEM DE CRISTO
QUE NO PROMONTÓRIO DE SAGRES INSTITUIU ESCOLA DE COSMOGRAFIA
E DEU INÍCIO ÀS VIAGENS MARÍTIMAS E FUNDAÇÃO DE COLÓNIAS
A REMOTÍSSIMAS ZONAS DO MUNDO
POR ISSO
PORTUGAL FOI ELEVADO AO MAIS ALTO FASTÍGIO DA GLÓRIA.
A CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO
SENDO PRESIDENTE O CONSELHEIRO COSTA E ALMEIDA
COMO SE CELEBRASSE O QUINGENTÉSIMO ANO DO NASCIMENTO DESTE ILUSTRÍSSIMO VARÃO
QUE DENTRE O GÉNERO HUMANO PRESTOU RELEVANTÍSSIMOS SERVIÇOS
MANDOU COLOCAR ESTA LÁPIDE
NO ANO DE 1894.
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talent de bien faire
Vontade de bem fazer
(Mote do Infante D. Henrique)
Rua da Alfândega
(Antiga Rua da Alfândega Velha / Século XIV)
À direita, lê-se na placa, Rua do Infante D. Henrique
Antiga Bolsa dos Comerciantes
Rua do Infante D. Henrique, n.º 47
As Armas Reais da Casa de Avis
Jardim do Infante D. Henrique e monumento ao grande impulsionador dos Descobrimentos que foi
Palácio da Bolsa, tendo ao lado a Igreja de S. Francisco
Rua do Clube Fluvial Portuense
Ao fundo, o túnel da Ribeira
Pequenos azulejos e outras recordações em cerâmica numa loja da Rua de São João
Rua de São João
Rua de São João
Rua de Mousinho da Silveira, vendo-se em frente o Largo de S. Domingos
Regresso aos Aliados
MENINOS
Ao centro, a composição escultórica em bronze, de Henrique Moreira, 1929 ou 1931?
Carregam uma taça com flores e frutos. Significam A Abundância, normalmente representada por um corno cheio de flores e frutos — a Cornucópia ou corno da abundância
19:36
Diante da Câmara, a estátua de Almeida Garrett, natural do Porto
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Mais referências
http://www.cacadevolutos.pt/fabrica-de-ceramica-das-devesas-v-n-gaia/.