9 de Outubro, manhã cedo
Estou a sair da cidade, já a vou
deixando para trás, a viagem começou. Faz parte de mim. Não é fazer parte, sou
Évora e quero conhecer-me melhor. Por isso, volto... Há aspectos novos, a cada
passo, muralha romana, restos de construções que subsistem no subsolo, ruas e
travessas que julgávamos conhecer razoavelmente, mas não é assim. Vamos
crescendo no conhecimento da cidade, que assimilamos à nossa substância. Ainda
em Évora, a sair de Évora, já tenho saudades dela, já tenho saudades de mim.
Há coisas, gente que temos dentro de
nós, a terra em que nascemos, aquela em que vivemos e outras, em Portugal ou
fora da casa lusitana..., mas, ai!, Évora...
Eu não sei que tenho em Évora*...
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No regresso a
Torres Vedras vou levando algumas imagens de lembrança, para juntar a muitas
outras dos mesmos espaços do percurso, da Rua da Lagoa à estação ferroviária de
Évora. É o eixo que atravessa a cidade...
(A leitura é de cima para baixo e da esquerda para a direita)
Rua de José Elias Garcia; Troço da Rua de João de Deus
Os Arcos, troço da Rua de João de Deus
Ao fundo, já na parte da Praça do Geraldo
Praça do Geraldo, vista da Rua de S. João de Deus
Ao fundo, o edifício da agência do Banco de Portugal
Praça do Geraldo; edifícios do lado direito, vendo a partir da igreja de Santo Antão
Rua da República
Calçada portuguesa, junto à agência do Banco de Portugal
No lado fronteiro ao alçado lateral da agência do Banco de Portugal, esta placa comemorativa da proclamação da República em Évora
Fim dos arcos, junto à Rua de Miguel Bombarda
Restaurante Guião
Ao fundo, lado direito, parte posterior da igreja de S. Francisco
«Somos o mais antigo Restaurante da cidade de Évora em funcionamento, Com perto de 100 anos existência» (Do facebook do restaurante) Quando criança e jovem por aqui passava, parecia-me um restaurante para ricos. Deve continuar a ser um bom restaurante.
Um pouco mais abaixo, edifício em reabilitação,
onde estavam as oficinas da firma Archiminio Caeiro Lda, fundada em 1947 «ligada ao
ramo automóvel, que se tornará uma importante empresa do ramo na cidade, com
estabelecimentos também em Elvas e em Estremoz»** ; Restaurante Liberalitas
Julia, nome romano da cidade romana
de que Évora é filha.
Preços acessíveis
Um pouco mais abaixo, em frente à rampa de entrada na estação rodoviária de A Transportadora Setubalense, de João Cândido Belo, hoje afecta a outra actividade, fonte encastrada na parede do que foi o Convento de S. Francisco. Desactivada
Palácio Barahona
É o último edifício da Rua da República. Vista, através da grelha do portão. Residência do Dr. Francisco Barahona, foi sede da Companhia de Seguros A Pátria e é actualmente a sede do Tribunal da Relação de Évora
Chegamos ao Rossio, vendo-se a muralha e muro que limitam desta parte o Jardim Público;
Rossio. Ontem houve a feira/mercado das segundas terças-feiras de cada mês. Perguntado um dos feirantes, respondeu que ficaria até às duas e meia, três horas, se houvesse fregueses. As marcas a cal (?) branca são demonstrativas da actividade que ali ocorreu.
Chafariz do Rossio de São Brás
Ermida de São Brás a precisar de restauro no revestimento (reboco e pintura) exterior
Na Avenida Dr. Francisco Barahona
Alquimia Madeirense, restaurante / Bar
Um dos azulejos da estação ferroviária de Évora, de Jorge Colaço (1868-1942), autor entre muitas outras obras, dos azulejos da estação ferroviária de S. Bento, no Porto ***
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https://www.youtube.com/watch?v=RJO5k-t3CQQ (Eu não sei que tenho em Évora, por Dulce Pontes. Há mais interpretações, por Nuno da Câmara Pereira, Manuel Batista, Luís Piçarra, voz lindíssima, com alterações importantes na letra: Moura, por Évora, «Quando chego ao Guadiana», em vez de «Quando chego ao rio Tejo», «terra da minha alma», em vez de «Alentejo da minha alma», embora na repetição da estrofe cante «Alentejo da minha alma». E outras interpretações)