Hoje, de manhã
Ao demandar o café da Praia Azul, junto ao areal, chamam-me a atenção umas
flores de que desconheço, por enquanto, o nome; venho a saber que foram ali
semeadas numa massa de relva. A garotada, às vezes, passando por cima fez a
cobertura vegetal apresentar clareiras.
Já me vou adaptando ao novo espaço e guardo do antigo boas recordações; mais rústico, mas acolhedor. A diferença não está no atendimento, que é
assegurado pelas mesmas pessoas.
*
Fica aqui, também, uma recordação de 31-08-2007.
Praia Azul, 31-8-2007
Pouco
depois das dezanove horas. Três mesas ocupadas, com nove almas, incluindo eu,
entre elas, duas crianças: uma, terá um ano, a outra, três. Mais o sr.
Francisco e a mulher. E o nadador-salvador, um rapaz novo, negro, de feições muito
correctas, cabelo com aqueles entrançados, mais cabelo enrolado como cordas, como
se vê a muitos afro-americanos e, agora, afro-europeus. É o Iuri, creio que
mora nas Caldas, vai jantar às Caldas da Rainha, onde mora a mãe.
Uma
das mesas desertou: a do casal, com as duas crianças. O mar, em frente, está
calmo, com uma estrada de luz ao meio e o sol por cima. Nem um barco. Flutuam
nos mastros, sempre agitadas pelo vento, duas bandeiras da OLÁ. Do meu lado
direito, as instalações do café, amovíveis; do lado esquerdo, sobre um murete
baixo, uma cortina de serapilheira verde, delimita a área de mar disponível.
Ainda assim, é grande, uma gaivota, pequena mancha escura viva, recortada
contra o sol, voa e desaparece pela esquerda.
A
época balnear, aqui, vai até 15 de Setembro.
(Nota de hoje: comecei a sentir que alguma coisa não estava certa. A expressão «afro-europeus», deixo-a ficar no apontamento de 2007 e no contexto do adorno capilar. Não há afro-europeus. O que há é o Pedro, o Paulo, o João, o Iuri...)
(Nota de hoje: comecei a sentir que alguma coisa não estava certa. A expressão «afro-europeus», deixo-a ficar no apontamento de 2007 e no contexto do adorno capilar. Não há afro-europeus. O que há é o Pedro, o Paulo, o João, o Iuri...)