«Já la vem a bela
aurora!...» e mais..., e mais... se
cantou uma vez em Portel (ou numa saída de professores a Alvito), em jantar de
convívio (1980/1981).
No «Gaudeamus»
cantámos a «Laranja da China». Eu e o Mário entrávamos bravamente em solo no
verso «Olh'à laranja da China». Para mim, difícil, diga-se. Logo o coro nos
acompanhava, socorria: «Criada no arvoredo/ Não te ponhas à esquina/Que eu
passo e não tenho medo».
Em dia de
classificação do cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade,
ouçamos o Grupo Coral de Cantares de Portel.
P. S. Notar o casticismo da pronúncia e, concretamente, a maneira popular de dizer a palavra «arvoredo». É dito «alvoredo», pronúncia aberta no «a» e «l», em vez de «r». Manter estas diferenças, é bom. É plural.
P. S. Notar o casticismo da pronúncia e, concretamente, a maneira popular de dizer a palavra «arvoredo». É dito «alvoredo», pronúncia aberta no «a» e «l», em vez de «r». Manter estas diferenças, é bom. É plural.
Gosto muito da cadência e musicalidade das canções alentejanas....
ResponderEliminarEsta classificação é, sem dúvida alguma, um merecido prémio, que nos deixa a todos bastante orgulhosos...
Bom fim de semana
AG
Isto é óptimo, mas é bom pensar que estes cantes nasceram numa ligação profunda à vida do campo, a um ambiente de dominância rural. Se não se perder essa vivência e um sentido de equilíbrio, o cante continuará vivo. Soa-me um bocadinho, não sei dizer como, um travozinho de mau estar, quando ouço os versos «Adeus, cidade de Portel», em vez de «Adeus, vila de Portel».
EliminarO cante não será uniforme e varia dentro dos seus parâmetros, mas o cante 100% cante terá de procurar-se noutras «modas»., que não na «laranja da China». Ver, p. e., o vídeo no sítio da UNESCO.
100% cante ou não, a LARANJA DA CHINA é muito linda. Isto sou eu a dizer.
Bom fim-de-semana
JL