domingo, 27 de outubro de 2013

Acolhimento ao Patriarca de Lisboa na sua terra e Missa em honra de São Gonçalo

           Às 15 h. e 30 min. estava prevista a chegada do Patriarca de Lisboa à igreja da Graça. As pessoas que o foram receber, naturalmente satisfeitas e orgulhosas com a visita de um filho da terra (e ele, também, satisfeito por os encontrar), encheram a igreja e algumas puderam assistir ao que se passou dentro do templo, em dois ecrãs de televisão montados no exterior.
 
A Banda dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras aguardava. Logo a seguir, uma formação de bombeiros em farda de gala e com alguns instrumentos próprios do seu ofício. A visão dos instrumentos musicais sempre fascina e é reconfortante ver a gente nova presente, incluindo raparigas, como aquelas duas que seguravam e tocavam grandes trompas, com suas campânulas cor do ouro ou cor de sol. Chega a comitiva e perante D. Manuel Clemente, no passeio, de costas para a igreja que tão bem conhece, a banda toca. Chega o tempo de seguir em despedida e desfile, perante o visitante e comitiva, sempre tocando e virando à direita, para a Rua Santos Bernardes. A formação de bombeiros atrás. Dia de festa. Dia de São Gonçalo, padroeiro da cidade e do concelho.
 
O acolhimento a D. Manuel Clemente
            A cerimónia foi muito interessante, acompanhada de música clássica religiosa apropriada ao momento interpretada por um pequeno conjunto de câmara — dois violinos (pareceu-me) e uma flauta transversal. Foram projectadas imagens ilustrativas dos vários momentos da vida do patriarca.
Eduardo Frutuoso apresentou o percurso de vida de Dom Manuel, do nascimento até ao presente. De outra geração, mais jovem, Carlos Marques centrou-se na pessoa de Manuel Clemente, que o baptizou, e começou a conhecer, como um padre entre outros. Salientou as qualidades que lhe reconhece, sem pretender dar graxa — as palavras são minhas, mas penso não fugir ao que ele disse —, mostrando o pedido ou o convite a que se mantenha igual a si mesmo, na simplicidade e contacto fácil com as pessoas; não se deixe envolver por uma corte.
Pequeno intervalo.
A missa em Honra de São Gonçalo
Entrada solene na igreja para a Eucaristia. Ladeavam o nosso bispo de Lisboa, os padres do concelho de Torres Vedras, um representante da Vigararia-Geral da diocese do Porto e outro, da Vigararia-Geral da diocese de Lisboa. E diáconos, pelo menos, o Dr. Cruz. A música também teve papel importante durante a missa. Susana Félix, uma jovem senhora de Torres Vedras, cantou belissimamente.
Dom Manuel teve também ocasião de falar de si, o que fez da maneira habitual, com clareza, referindo a catequese, nos bancos da igreja da Graça, junto às capelas ou no espaço então disponível do claustro. Olhos bem abertos (de admiração, em todo o sentido) para o que ia ouvindo, passe a contradição. A figura do Padre Sousa é evocada, ao falar na confissão (primeira comunhão) e conta sobre palavras que o, então, pároco  lhe confiou: «Há uma coisa que ainda não vos disse» (mais ou menos assim) — e ficou de o revelar um dia, mais tarde. A memória atraiçoa-me, pois não estava com a intenção de registar nada.
A responsabilidade; perante si mesmo e os outros. Esta ideia ficou-me como sendo importante e um sustentáculo na estruturação e guia do homem de igreja e, portanto, do mundo, que Manuel Clemente quis ser. E não me lembro já bem, mas associo esta importante ideia, porque vivida, a palavras do Padre Sousa, que, como oriundo de outras terras, não cheguei a conhecer.
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Entre os compositores, cuja música ouvimos, contaram-se Bach, Haendel e Vivaldi. Pode haver quem se canse…, é difícil criar hábitos. Mas às  pessoas deve dar-se o melhor. E foi dado.

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