quarta-feira, 9 de julho de 2014

A cidade e o concelho a acontecer 2

            07-07-2014

Ontem, no percurso de Vale (das) Rosas até à Rua Cândido dos Reis, junto ao edifício dos Serviços Municipalizados, o meu olhar foi cativado por imagens, além das que já apresentei, aqui. São elas as de dois painéis na chapa da vedação do choupal, que só vi no domingo, p. p., e o painel cerâmico no edifício dos Serviços Municipalizados. Quanto aos do Choupal, foram executados já depois de todo o restante conjunto, por acaso acompanhado por mim, desde o primeiro dia. A surpresa de os ver ali vem de já não os esperar. São dois: o primeiro está perto da pequena edificação, ex-Posto de Turismo e ex-Posto da Polícia de Viação e Trânsito; o segundo, junto à curva, quase em frente do café Sisandro.
Na Rua Cândido dos Reis, apreciei mais uma vez o painel cerâmico, um pouco escuro e só plenamente compreensível a uma observação atenta, para deslindar todas as suas componentes, o que a agitação do trânsito, em geral, não favorece.
Hoje, de manhã, voltei a passar por lá e não resisto a deixar umas fotografias, como brinde.




 O homem, a lutar com o leão

A mulher-povo

O painel cerâmico do edifício dos Serviços Municipalizados de Torres Vedras constitui uma composição que apresenta em destaque, num plano superior, o brasão de armas da Vila de Torres Vedras, transportado por uma figura feminina montando um Pégaso, cavalo alado mítico. Em plano inferior, surge a representação de uma cena mitológica grega, alusiva ao primeiro dos doze trabalhos de Hércules, em que com as suas próprias mãos, o herói mata o monstruoso leão de Nemeia. A encimar a composição, em sinuoso listel de fundo vermelho, lê-se a divisa “À CELERE e DECIDIDA V. de TORRES VEDRAS”.
Esta obra tem a intenção de representar alegoricamente a força e determinação das gentes de Torres Vedras, patente em episódios históricos como as guerras peninsulares e a resistência ao invasor napoleónico, bem como augurar um futuro auspicioso para a vila, transportada com suas armas num cavalo alado, símbolo de beleza e prosperidade. Nas palavras de Luís Ferreira da Silva, “é a celebração da força e da beleza do povo”.

Neste painel, com 310 cm x 370 cm, o artista utilizou a técnica de baixo-relevo cerâmico de grés, com decoração policroma de vidrados e óxidos de alta temperatura.
(Da Revista Municipal, n.º 19, Março-Abril de 2014, p. 27, com a devida vénia. Sobre o artista plástico Luís Ferreira da Silva, ver na mesma p., a 2.ª coluna.)

Obs.: A Revista Municipal pode ser consultada, aqui, todos os números. É possível o download, em PDF.

Brinde

 Alvorada


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