07-07-2014
Ontem, no percurso de Vale (das) Rosas até à Rua Cândido
dos Reis, junto ao edifício dos Serviços Municipalizados, o meu olhar foi
cativado por imagens, além das que já apresentei, aqui. São elas as de dois
painéis na chapa da vedação do choupal, que só vi no domingo, p. p., e o painel
cerâmico no edifício dos Serviços Municipalizados. Quanto aos do Choupal, foram
executados já depois de todo o restante conjunto, por acaso acompanhado por
mim, desde o primeiro dia. A surpresa de os ver ali vem de já não os esperar.
São dois: o primeiro está perto da pequena edificação, ex-Posto de Turismo e
ex-Posto da Polícia de Viação e Trânsito; o segundo, junto à curva, quase em
frente do café Sisandro.
Na Rua Cândido dos Reis, apreciei mais uma
vez o painel cerâmico, um pouco escuro e só plenamente compreensível a uma
observação atenta, para deslindar todas as suas componentes, o que a agitação
do trânsito, em geral, não favorece.
Hoje, de manhã, voltei a passar por lá e
não resisto a deixar umas fotografias, como brinde.
O homem, a lutar com o leão
A mulher-povo
O painel cerâmico do edifício dos Serviços
Municipalizados de Torres Vedras constitui uma composição que apresenta em
destaque, num plano superior, o brasão de armas da Vila de Torres Vedras,
transportado por uma figura feminina montando um Pégaso, cavalo alado mítico.
Em plano inferior, surge a representação de uma cena mitológica grega, alusiva
ao primeiro dos doze trabalhos de Hércules, em que com as suas próprias mãos, o
herói mata o monstruoso leão de Nemeia. A encimar a composição, em sinuoso
listel de fundo vermelho, lê-se a divisa “À CELERE e DECIDIDA V. de TORRES VEDRAS”.
Esta obra tem a intenção de representar alegoricamente
a força e determinação das gentes de Torres Vedras, patente em episódios
históricos como as guerras peninsulares e a resistência ao invasor napoleónico,
bem como augurar um futuro auspicioso para a vila, transportada com suas armas
num cavalo alado, símbolo de beleza e prosperidade. Nas palavras de Luís
Ferreira da Silva, “é a celebração da força e da beleza do povo”.
Neste painel, com 310 cm x 370 cm, o artista utilizou
a técnica de baixo-relevo cerâmico de grés, com decoração policroma de vidrados
e óxidos de alta temperatura.
(Da Revista
Municipal, n.º 19, Março-Abril de 2014, p. 27, com a devida vénia. Sobre o artista
plástico Luís Ferreira da Silva, ver na mesma p., a 2.ª coluna.)
Obs.: A Revista
Municipal pode ser consultada, aqui, todos os números. É
possível o download, em PDF.
Brinde
Alvorada
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