quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

FIALHO

Lindinha..., qu'(i)andas fazendo, amôri?
24 Dez, 16 h., uma empregada, atrás do balcão, para uma cliente sua amiga, que chega.

FIALHO — Não se trata do grande escritor português, natural de Vila de Frades, no Baixo Alentejo. Nem do jogador de futebol, oriundo do Benfica, avançado do Lusitano Ginásio Clube, ao tempo na 1.ª divisão. Era o único jogador que se via correr, cabeça erguida a olhar em frente, com a bola dominada. Fintava bem e tinha um jogo elegante. Não era o Yaúca, cujo nome parece condizer com o vai, não vai, dá e tira e o desenlace dançado, não se sabe como das fintas do Yaúca. O seu jogo, embora promessa de dança, era mais rectilíneo, correndo, a cabeça erguida, a bola dominada. Já não sei se ou quantos golos marcou na vitória, em Évora, sobre o Benfica. De certeza que foi determinante. Um-zero. Dois-zero. E o resultado final foi 4-0. Durante muitos anos, era fácil encontrá-lo, cruzar com ele, na Rua de Machede, da Misericórdia, nos arcos.
O FIALHO de que falo é o restaurante/cervejaria de Évora. Quando se fala de restaurante, em Évora, lembramo-nos de FIALHO. Na cidade-museu, restaurante e FIALHO são sinónimos. FIALHO é o restaurante, por excelência.
Passámos por lá. Curiosamente, sabia só que era para aquelas bandas, num vago mais ou menos preciso, mas vê-lo e com olhos de ver só no dia 24, e entrar só no dia 26, na reabertura, após uns dias de pausa natalícia. 
Pude ver a sala de entrada, o balcão do lado esquerdo, as mesas para as refeições. Em frente, à direita, passamos para a segunda sala, mais ampla, e descendo ao piso inferior, a terceira sala. Desde a fundação em 1948, por Manuel Fialho, com a colaboração dos filhos Amor, Gabriel e Manuel, foi-se desenvolvendo e ganhando espaço, sem nunca perder a escala humana; o ambiente é acolhedor, a decoração, de gosto seguro, sem ser excessiva, tem classe. Há mão masculina e feminina, ao mesmo tempo, e duas mãos é que fazem uma pessoa. A pessoa, o humano, é homem-mulher.
Hoje, com a morte do chefe Gabriel, a nau continua navegando bem. Um ou dois sobrinhos estão activamente empenhados no dia-a-dia do restaurante, desempenhando Amor o papel de Mestre, a quem se recorre para orientação. 
Tive a sorte de ir acompanhado por alguém, velho amigo do Sr. Amor. Sentado numa mesa perto da entrada, com a sua figura tranquila, de presença apaziguadora, de sábio..., é um gosto ouvi-lo. Nota-se uma certa melhoria, aqui, no negócio da restauração, e pelo sinal que nisso vemos nos dias que correm, reflexo do que poderão ser os tempos mais próximos, fico a pensar em esperança e num 2015 um pouco melhor. Parte significativa da clientela é constituída por gente brasileira. Uma senhora sénior, bem disposta, estava encantada com o lugar e o serviço; comprou o livro de grandes dimensões FIALHO: Gastronomia Alentejana. Declarou-se encantada, por se falar português em todo o lado na Europa (fora do Brasil e noutro continente). Dirigiu-se ao Mestre: «Ó Amor, ...    ...    ...» O Sr. Amor, com maneira apurada, escreveu-lhe uma dedicatória no livro-álbum.
A seguir, um trajecto que nos leva ao FIALHO. A câmara deteve-se num sinal de trânsito e no edifício onde está instalado um hotel. E chegamos ao Fialho, que é o que nos interessa.
Forte de S. António
(Da internet)

Ao entrar na cidade, pela Rua Cândido dos Reis, deixamos para trás, a cerca de 250 metros, o Forte de S. António, atravessado pelo Aqueduto da Água da Prata

À esquerda, a Rua do Muro; em frente, a Rua Cândido dos Reis (antiga Rua da Lagoa)
No edifício da esquerda, está instalado o hotel M'AR De AR

«Um novo sinal do Código da Estrada que só existe em Évora», alguém nos diz. Não é verdade. Fomos encontrá-lo em N. Sr.ª de Machede. Indica «estrada prioritária».

Gostava de ver o sinal sem colagem
















Travessa dos Mascarenhas, vista do lado do Fialho



Travessa dos Mascarenhas, vista do lado da Rua Cândido dos Reis (antiga Rua da Lagoa)


Aqui, começa o FIALHO. Veja-se a arte, o bom gosto desta placa

*
http://restaurantefialho.com/
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1411337
http://www.virgiliogomes.com/index.php/livros/209-fialho-gastronomia-alentejana

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Presépios

       2014
      O primeiro presépio a ser visto foi o montado pelos escoteiros do Agrupamento 122, de Torres Vedras, que pode ser apreciado no hall de entrada do edifício da Câmara Municipal de Torres Vedras, à Avenida 5 de Outubro. 
      O segundo e o terceiro, calhou serem encontrados por acaso, em passeio pela Rua de Serpa Pinto, na LUISINHA, estabelecimento a merecer uma visita, quando por mais não seja, só para ver toda a beleza do espaço e da decoração. A decoração é tudo: os móveis, a apresentação, os objectos em venda. Logo à entrada e na montra da esquerda, um presépio mínimo, quase só a Sagrada Família.
      Ao fundo, no lado da loja oposto à entrada, uma aldeia-presépio. José segura a lanterna, Maria embala o berço do menino. Na aldeia, vemos o dia-a-dia da gente, nas suas profissões e labuta. Um pequeno vídeo, no final, complementa as fotografias.
      O último presépio a ser visitado foi o da Misericórdia, ao acaso de uma conversa com um amigo n'A Brasileira de Torres. 

Na Câmara

Entrada do edifício da Câmara Municipal



No arco que encima o pórtico de entrada, um escudo com as iniciais
CMTV
Nesta parte central do edifício, agora alterada, esteve instalada a «FÍSICA», quando da sua criação.



























*
Na Misericórdia

Poucos metros adiante, à esquerda, abre-se o adro da Misericórdia







*
Na LUISINHA

      Um pouco mais, abaixo, na mesma Rua de Serpa Pinto.

Já se avista a LUISINHA, com o pequeno átrio iluminado

Na montra da esquerda, o pequeno presépio

O pequeno presépio, visto do exterior

Esta fotografia e as seguintes foram tiradas no interior, com pouco espaço de recuo




*
Na LUISINHA, segundo presépio







https://www.youtube.com/watch?v=G9JXATSbywc (Stille Nacht, heilige Nacht, letra do Padre Joseph Mohr, composição musical de Franz Xaver Gruber).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Noite_Feliz