quarta-feira, 24 de junho de 2015

Marcelas

23-06-2015, 17:55; junto à vala do Sarge, perto do antigo refeitório da Casa Hipólito e do AKI. Torres Vedras
A marcela ou macela encontra-se facilmente e em boa vizinhança com o coentro-bravo, que é a planta que vemos na imagem com umbelas brancas ou verdes, consoante a maturação. Sou pré-aprendiz de botânica e é natural que não passe disso, mas confesso que me sinto bem, assim. Começo a deliciar-me com as pequenas aventuras no meio da floresta de plantas. Se as imaginarmos grandes ou a nós, liliputianos, temos a natureza meio perdida, de volta. É em parte uma questão de escala.
Hoje, foi o amigo V. M. quem, através da mulher, ajudou a identificar a planta.
Põe-se a marcela em água, ferve-se, obtendo o chá de marcela. Com um pau entrapado a servir de pincel e embebido no chá, passa-se pelos dentes dos animais constipados ou com a língua branca. Era assim.
Agerato, aquileia, macela-de-S. João, macela-francesa, mil-em-rama, milfolhada, são nomes pelos quais esta planta é conhecida. Marcela é nome popular de macela.

Na floresta


Pequeno ramo, colhido de planta com vários




http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.pt/2011/10/macela-de-sao-joao-achillea-ageratum.html
http://jb.utad.pt/especie/Achillea_ageratum

terça-feira, 23 de junho de 2015

Refeitório da Casa Hipólito

 O refeitório está assente em pilares de cimento, aos pares, formando V

A Casa Hipólito já não existe. Existe na memória de muita gente.
No Sarge há várias pessoas que me contaram histórias da sua vida na Casa Hipólito. Das aldeias à volta de Torres vinham centenas de empregados. As bicicletas enchiam a rua do Dr. Aleixo Ferreira, encostadas à parede da Moagem Clemente e, talvez, do outro lado da rua, também, arrimadas ao estabelecimento fundado por António Hipólito.


Placa  comemorativa numa das pernas do V.



segunda-feira, 22 de junho de 2015

Abelha a almoçar



      O almoço da abelha foi às 1300, junto à vala do Sarge, perto do AKI e do refeitório da Casa Hipólito. A planta que apresenta a flor, refeição da abelha, encontra-se ao longo dos caminhos, com abundância. Foi o senhor Valentim Varela quem prontamente me disse o nome: coentro-bravo. Mostrei-lhe no café uma destas flores, retirada de planta que tinha muitas.



Coentro-bravo






https://pt.wikipedia.org/wiki/Apiales

sábado, 20 de junho de 2015

Juncos


20-06-2015

Ao fim da tarde, passei pelo DUBAI. Encontrei um senhor, que nunca tinha visto e falou da estação do caminho-de-ferro que era para ter sido no campo ao pé do refeitório da Casa Hipólito e do AKI*. Como não estava a perceber bem as indicações que ele me dava sobre a localização, convidei-o.
— Vamos lá ver. Levo-o de carro.
Tomei um café e fomos.
O Sr. A. trabalhou em França. Nasceu em 1930, no Bairro Arenes, junto à estrada militar.
Estivemos nas traseiras do AKI, fomos até ao refeitório da Casa Hipólito, bem grande, de grandeza que não se aprecia, quando se vai na estrada, de carro. O Restaurante Palafítico lhe poderíamos chamar, pois está assente em «estacas» de cimento, cravadas em forma de V, a uns bons quatro, cinco metros do chão, prevendo os sasonais alagamentos do rio Sisandro. Uma marca, numa das «estacas», bem formalizada — linha e dizeres —, é a memória do nível das cheias de 1983. E a marca está alta.
Fomos à vala do Sarge, cheia, certamente devido a qualquer represa a jusante provocada pelas obras de requalificação do Choupal. O Sr. A. reparou na ondulação e pensou nos patos. Ainda os vi a nadar para montante, mas o Sr. A. já não foi a tempo. Havia muita vegetação espontânea de até um metro de altura ou mais que embaraçava os movimentos e a visão.
Numa pequena linha depressiva do terreno, paralela ao AKI e ao refeitório, juncos, com a parte superior castanha aveludada, parecendo a carga de um foguete. Há que tempos não via juncos. Recordo-os no caminho dos Foros do Mocho**, depois de passar a ribeira. Aos dez anos e antes.
O Sr. A. foi acordeonista. 
 _________________
* Esta possível localização da estação do caminho-de-ferro reporta-se à época anterior à construção do último túnel (o terceiro), para quem vem de Lisboa, que nesta hipótese não teria sido construído.
** Lugar da freguesia de Montargil.



     Ver Typha latifolia (inglês) e Typha latifolia (castelhano).

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Fardos de palha, depois da ceifa


Esta fotografia e as seguintes foram tiradas no final do passado mês de Maio. Rua Manuel de Arriaga. Campo moreno, loiro ou trigueiro, depois da ceifa. Os fardos de palha seriam retirados uns dias depois.
O campo é interrompido pela estrada de ligação à A 8; passa pela rotunda de Jardim d'Arenes e segue para Runa, ladeando os Cucos. A estrada militar, que nasce ao princípio da Rua Manuel de Arriaga, a caminho do Forte da Ordasqueira (e do Sarge), é cortada duas vezes, pois, correndo paralelamente, a A 8 de novo cavou uma larga trincheira. Vê-se a primeira partição das terras em duas das fotos tiradas de perto do centro comercial ARENA. Neste ponto, não resisti e fui rodando a câmara para a direita, a fim de capt(ur)ar a paisagem urbana e rural.
Ó, pintores do meu país!
Pintores foram também todos os que contribuíram, que pincelaram estes quadros reais, trabalhando, dirigindo, sem esquecer o papel criador da natureza preexistente. A terra e o ar dão a vida e as cores.








*

A primeira partição das terras, por intervenção humana


O conjunto de prédios de andares, em frente e marginando o lado esquerdo de quem se dirige para Torres, é popularmente designado por Granja do Napoleão. As casas no último plano ladeiam o início da estrada militar, que continua. Encontra-se nela conchas, que nos dizem estarmos sobre o que foi um fundo marinho, há milhões de anos.

A câmara roda à direita

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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Santa Cruz, noite e madrugada, em slideshow


      Consultei os meus vídeos no YouTube e encontrei este. Na dúvida sobre se tinha posto este trabalho no blogue, fui procurar na etiqueta «Santa Cruz» e lá estava uma, solitária. O pequeno texto dessa mensagem é repetido no YouTube. As fotografias, as mesmas, mas sem a animação do slideshow e sem a transfiguração que a música dá.