domingo, 11 de maio de 2014

Inauguração do Centro Pastoral

     Torres Vedras, 11 de Maio de 2014, cerca das 16 horas

     Inauguração do Centro Pastoral

     Neste domingo, teve lugar a cerimónia de inauguração do Centro Pastoral, perto da zona verde da Várzea e em frente  do Asilo de S. José. O grande salão estava cheio e as pessoas, de pé, chegavam até ao grande átrio da entrada.

     Antes do início da cerimónia propriamente dita, Eduardo Frutuoso explicou com a brevidade possível, na amenidade e clareza a que nos habituou, o significado litúrgico dos elementos fundamentais do espaço da celebração.

     Apontando a figuração na parte central , ao fundo, inscrita numa faixa escura que desce na perpendicular, diz-nos: Os três homens que se dirigiram a Abraão*, todos de branco, representam povos ou ramos da humanidade; a cor da silhueta sugere a diferença, a mesma cor branca proclama a fundamental igualdade. São figuração da Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Na mesa, presente a mesma ideia, nos três pés, em primeiro plano, e nos dois suportes dos candelabros, cada um dividido, longitudinalmente, em três tiras.

     Além deste espaço, existe outro, mais pequeno, em que também se pode celebrar a eucaristia. Os elementos litúrgicos são amovíveis, podendo aqui ter lugar palestras, encontros...

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     Seguidamente, e concluído este proémio, em cortejo, teve início a celebração. Ao lado de D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, tiveram assento os dois párocos in solidum das paróquias de Torres Vedras, os diáconos, Dr. Pina e Dr. Cruz, e acólitos. À primeira fila do anfiteatro, foi conduzido por alguém nestes primeiros momentos o Sr. Padre Horácio, por muitos anos pároco nesta cidade.

     D. Manuel Clemente agradeceu a presença de todos, começando pelas entidades, nomeadamente os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal. Não se esqueceu de agradecer o apoio recebido de quem ajudou a erguer este grande empreendimento de carácter sociocaritativo, desde a paroquiana que doou o terreno, a Câmara Municipal, os que projectaram, acompanharam, supervisionaram, até aos operários, que executaram. Referiu, ainda, a arquitectura do lugar em que se encontrava reunida esta assembleia, à sua larga entrada e à forma oval, agradável. 

     A forma oval tem o seu quê de ausência de limite, de princípio, de permanente nascer.

     O patriarca de Lisboa, desenvolveu a ideia da missão pastoral, de guia e ajuda a todos os membros da comunidade. E mesmo das ovelhas que estão fora  do redil, o pastor cuida. As imagens do pastor e suas ovelhas são retiradas de um mundo -- disse -- em que a vida pastoril era muito vulgar, mas continuam a valer nos nossos dias, pelo seu significado. A figura do bom pastor que leva aos ombros a ovelha simboliza a entreajuda, a ajuda aos mais fracos.


     Cá fora, o dia está lindo, cheio de sol. Atravesso toda a Várzea, passando pelo monumento ao bombeiro e pelo memorial dos mortos do concelho de Torres Vedras, na guerra do Ultramar. Os seus nomes estão registados em três faces do pedestal. Na face frontal (a quarta), uma coroa de flores oculta os dizeres lá inscritos, da pena do Dr. Jaime Umbelino.

     Sentei-me numa mesa de café do Centro Histórico, a escrever estas linhas.

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     * Ver Génesis, 18, 1-15.

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     Ainda a tempo: depois da minha saída, houve a bênção do Centro Pastoral e descerramento da placa comemorativa.

     Caída a cortina e retirados os elementos litúrgicos, depois de o local de novo disponível, discursaram os Srs. Padre Dionísio, Presidente da Câmara Municipal, Secretário de Estado da Administração Local e D. Manuel.

     Desde o início do projecto ao seu término, previsto inicialmente para 2000, e com algumas atribulações de permeio, passaram 18 anos. A boa obra aí está, concentrando as diversas valências que se encontravam dispersas pela cidade. 

     Seguiu-se visita às instalações, com porto de honra, no fim. Tudo terminou, pelas 19 h e 30 min.
      (Actualizado, às 15 h. de 12-05-2014.)







     

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