No
passado dia 7, domingo, teve lugar um «passeio circular», a pé, de 11km,
partindo da Cadriceira, até ao alto da Serra do Socorro e, daí, descendo e
passando por um túnel, por baixo da A 8, fomos seguindo, com paragem no Monte Deixo, onde nos sentámos como pudemos, para um almoço frugal, em jeito de
piquenique. Continuámos, com breve paragem no Furadouro, tomámos café na «sede»
(A. C. R. D.) e prosseguimos, terminando mais uma etapa no alto da Serra da
Archeira. Daqui, descemos a encosta, atravessamos um segundo túnel e chegamos à
Cadriceira, fechando o círculo. Fique a descrição do passeio, por agora, adiada.
O que me
chama, neste momento, é uma coisa referida por Carlos Cupeto, estávamos ainda
perto da Cadriceira, junto ao sítio da árvore fóssil ali existente (monumento
nacional). Tinha lido num jornal, dias antes, que se as abelhas se extinguissem,
nós morreríamos com elas. Será pouco provável, mas por alguma razão alguém se
preocupou com esta questão. Ora, Carlos Cupeto, em conversa agradável sobre o
que ali nos trouxe — a natureza que nos rodeia e de que cujo convívio andamos
um pouco alheados —, falou na importância das abelhas (e de outros insectos?) e
da polinização. Sem a polinização, simplesmente não existiriam florestas,
flores e frutos.
Isto
veio ligado à preocupação com a existência de um nível satisfatório de
alimentos à disposição da humanidade. A situação vai piorar. Prevê-se, para
daqui a poucos anos, uma população global de dez mil milhões
de habitantes (10 000 000 000). A ser assim, o quadro é deprimente. Não
queremos ser pessimistas. Vivamos o dia a dia, com a alegria possível.
Tomo, entretanto,
contacto com o blogue de Carlos Cupeto, reencontrando o que nos disse sobre a
sobrepopulação mundial e suas consequências. Aconselho vivamente a leitura. O
próprio título do blogue é interessante (ele explica). Otros mundos e não outros.
À nossa volta, há este, aquele e outro, mas nenhum deles nos é outro. Por isso
ele pode sugerir numa nova língua, a língua da preocupação: Há este mundo,
aqui, à nossa volta (mesmo aqui há vários mundos). Um, aqui, otro, ali, otro
além. Mas, não há outro mundo para nós. Só há este, com inumeráveis otros, mas
sem outro.
Nota: José L. Diniz, colega de curso de Carlos Cupeto, tirou óptimas fotografias.
http://www.otrosmundos.cc/2014/08/10-000-000-000/Nota: José L. Diniz, colega de curso de Carlos Cupeto, tirou óptimas fotografias.
Ver, também:
https://www.facebook.com/tterrapt/posts/740469009346113
Aceitei a sugestão aqui deixada e visitei o blog "otrosmundos"...
ResponderEliminarMuito interessante....!!!
Não há dúvida...., é arrepiante pensar no que está a acontecer ao planeta Terra...
Tal como é referido no texto de Carlos Cupeto:
"Estamos a assistir à sexta grande extinção no planeta Terra, a perda de muitos ecossistemas e dos serviços ambientais prestados por estes, põem em causa a nossa sobrevivência."
Continuação de boa semana.
Albertina Granja
Não o conhecia. É um alentejano do Cano, professor na Universidade de Évora. Pessoa simples, no bom sentido. Gosta de partilhar. Pensa que neste mundo de agora é importante partilhar. Quem não concorda? No entanto, ao serem apontadas as duas saídas para a solução do problema da humanidade, por exemplo, a falta de alimentos, nenhuma das duas soluções apontadas se mostram possíveis. Diz a experiência? É a opinião do autor do livro e, creio, a de Carlos Cupeto. A solução tecnológica não parece possível e a mudança de atitude dos humanos, também não. Esperemos. Há sempre uma esperança escondida dentro, mesmo de quem pensa que as coisas são assim. A mim, parece-me que são, de facto. Mas, também tenho e quero ter esperança.
EliminarBoa semana, também, para si.
JL