sábado, 21 de fevereiro de 2015

Évora, recentemente - Debaixo dos Arcos

24-12-2014
Debaixo dos Arcos, Rua José Elias Garcia (Antiga Rua da Porta Nova)
Os arcos assentam em pilares, onde se apoiam as paredes que suportam a abóbada (ou tecto) das galerias. Do princípio ao fim dos arcos, só há uma coluna, de granito, mas bem modelada de fuste redondinho, como uma bela perna. A base é desataviada, quase pé descalço, filha directa dos afloramentos graníticos, que se encontram entre Arraiolos e Évora. Pelo menos. Destes falo. Porque foram companhia de infância e juventude, vistos da janela das camionetas, quando no princípio dos períodos lectivos, fazia a viagem de Montargil a Évora. Creio que é só nas idas que lhes presto atenção, uma atenção mais desperta. A coluna, a única, é firme e leal e tem um belo capitel. É o seu luxo. É no capitel que estão as suas galas, de que está bem consciente, como rapariga e mulher. Com que flor ou folhas se ornamenta? Trevo!?… E a folha ou pétala maior?

A derradeira galeria pública da rua, que se compõe de cinco arcos redondos e abatidos, em tramos baixos, conserva velha coluna de granito e capitel decorado por rude folhagem naturalista (séc. XV). (Túlio Espanca, Inventário Artístico de Portugal/Concelho de Évora, I Volume, Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1966, p. 261, col. 2)

Ao fundo, a Praça Joaquim António de Aguiar. 

Ao fundo, o Largo de Camões ou da Porta Nova








26-12-2014
Há, afinal, uma coluna com fuste facetado, octogonal, um capitel incipiente. Parece um elefante bifronte, duas cabeças, duas trombas, dois olhos fitando em direcções opostas. Um pouco mais à frente (no percurso da Praça Joaquim António de Aguiar para o Largo de Camões), pilares de alvenaria ou alvenaria e granito.


Cabeça de elefante com sua tromba






Sem comentários:

Enviar um comentário