22 de Fevereiro, domingo
No dia 22 de Fevereiro, domingo, realizou-se mais uma «caminhada no mar do Tejo», orientada pelo geólogo Carlos Cupeto, da Universidade de Évora. Muito cedo, iniciei uma viagem de mais de cinquenta quilómetros, para ter pouco trânsito e ir com calma. Já em terras de Almada, perguntei a alguém como se vai para Corroios e lá cheguei. Algum desconforto com a paisagem urbana, labiríntica, para quem não a viu crescer, e aparentemente sem pontos de convívio visíveis, como cafés e jardins. Deixado o carro na Rua Cidade da Amadora, procurando um pouco, a coisa melhorou. Encontrei um café, depois, outro, homens parados a conversar… Corroios começa a ganhar alma e a primeira impressão a desfazer-se. O António*, homem novo, cinquenta anos?, leva-me até ao Eco-Museu, ele no carro dele, eu no meu, seguindo-o. Despedimo-nos. O encontro com a gente do grupo era às 9:45.
No dia 22 de Fevereiro, domingo, realizou-se mais uma «caminhada no mar do Tejo», orientada pelo geólogo Carlos Cupeto, da Universidade de Évora. Muito cedo, iniciei uma viagem de mais de cinquenta quilómetros, para ter pouco trânsito e ir com calma. Já em terras de Almada, perguntei a alguém como se vai para Corroios e lá cheguei. Algum desconforto com a paisagem urbana, labiríntica, para quem não a viu crescer, e aparentemente sem pontos de convívio visíveis, como cafés e jardins. Deixado o carro na Rua Cidade da Amadora, procurando um pouco, a coisa melhorou. Encontrei um café, depois, outro, homens parados a conversar… Corroios começa a ganhar alma e a primeira impressão a desfazer-se. O António*, homem novo, cinquenta anos?, leva-me até ao Eco-Museu, ele no carro dele, eu no meu, seguindo-o. Despedimo-nos. O encontro com a gente do grupo era às 9:45.
10:00 – início da caminhada
12:30 – almoço na Ponta dos Corvos
14:30 – regresso ao ponto de encontro e
visita ao Moinho de Maré de Corroios
Fomos na maré baixa até à Ponta dos
Corvos, à beira-rio. Há sempre povoações à vista, lindas todas, vistas da
praia; primeiro Corroios, depois, Lisboa, Barreiro, Seixal. O regresso fez-se
pelo lado interior do sapal, de cuja importância e origem em termos geológicos, nos informou o Prof. Carlos Cupeto.
À ida, gente a apanhar bivalves, bicicletas
deixadas na areia, a espaços mais ou menos regulares, esperando os donos,
quando a maré começar a encher. No regresso, vamos apreciando flores, arbustos,
árvores, aves, moinhos de maré já desactivados, a língua de água salgada que
cerca o sapal, com suas «ilhas», o observatório da aves (parece o esqueleto a
popa de uma nau). Estamos numa zona que é um santuário de aves. Os donos das
bibicletas montam-se a cavalo nelas e vão em grupo a caminho de Corroios, à
nossa frente.
No Moinho de Maré de Corroios, uma
técnica superiora da Câmara Municipal do Seixal, formada em História, que nos
acompanhou a partir da Ponta dos Corvos, explicou o funcionamento deste
estabelecimento fabril, no enquadramento socioeconómico da época. Tivemos uma
recepção informada e cordial, de que é exemplo o pequeno apontamento de vídeo** sobre o sino dentro do saco de cereal no teigão, que tocava, quando se acabava o
trigo ou centeio ou cevada. Vimos todo o mobiliário industrial, próprio de um
moinho de maré. Só não vimos o piso inferior, onde haviam de estar as pás e os
rodízios que faziam rodar o eixo vertical, que, por sua vez, accionava a mó em
cima.
Depois da travessia por Loures,
Odivelas, Lisboa, Almada, Corroios, que bom foi uma caminhada-passeio, em
contacto com a natureza. Relaxante…, repousante.
Já de regresso, convívio na cervejaria Mil e Tal, onde se come um prego, ao
nível do Sapal. Nota máxima. O melhor de sempre.
_________________
* Nome fictício, para não ter de dizer
«um homem», «um senhor».
** Ver na
mensagem seguinte: «Moinho de Maré de Corroios – Eco-Museu».
Azedas
Azedas
Margaridas
Margaças
Despojos dos apanhadores de bivalves
Sapal
Sapal
Sapal
Observatório de Aves
Aquacultura
Aquacultura
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