É
bom ler na biblioteca municipal, sábado à tarde. Foi o que fiz, hoje, pelas
16 horas, para ler Um prefácio geral*,
texto de dez páginas. Costuma-se ouvir:
«Ler é um prazer.» E foi grande. Uns minutos antes de para ali me
deslocar, soube da exposição sobre o torriense Fernando Vicente e o Tarrafal. Fiz
a minha apreciação, no corredor do rés-do-chão por onde se acede à biblioteca.
Eu, e, depois, duas senhoras. A abertura da exposição tinha sido pouco mais de
uma hora antes.
Na
parede, um painel sobre o Tarrafal, onde estiveram presos políticos portugueses
até ao seu encerramento, em 1954. O campo foi reaberto em 1961, para receber
opositores políticos do regime de Salazar, desta vez apenas pessoas das ex-colónias,
do Ultramar, como então vulgarmente se dizia. Outro painel, sobre a homenagem prestada
em Lisboa aos mortos no Tarrafal. Da parte comemorativa de Fernando Vicente se
dá imagens, abaixo.
A
exposição é bastante interessante, cumprindo o seu papel de dar a conhecer
aspectos da nossa vida, da nossa história, que muitos ignoram. De Fernando
Vicente, já conhecia alguma coisa. A rua que
liga o Bairro Arenes à Agriloja e Choupal tem o seu nome.
A
exposição, seguida de debate, é da responsabilidade do PCP. O orador foi
Domingos Abrantes.
*
http://www.cm-tvedras.pt/agenda/detalhes/11302/ (Ver, aqui, a divulgação do evento)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_do_Tarrafal (O Campo do Tarrafal, na wikipédia)
_______________
* Assinado J.J. Conceição Rocha, Lisboa, s./d. (1971?), in Dispersos, 2.ª ed., Lisboa, ICALP, 1989, pp. 5014-509. [Conceição Rocha é pseudónimo de Agostinho da Silva e o texto em apreço republicado em AGOSTINHO DA SILVA, Textos Vários/Dispersos, Círculo de Leitores, licença editorial por cortesia de Âncora Editora, 2003. «BEIRA -- MOÇAMBIQUE / CLÁSSICOS DO MUNDO PORTUGUÊS». Debaixo deste título segue apenas o texto «Um prefácio geral», p. 211 a 221.]
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