Diz a porta, para quem não morre
de amores por espelhos em portas e janelas:
— Olha para mim!
O espelho é coisa de interior, de
imaginar e sonhar. Assim, à luz do sol, pode ser indiscreto, mostra a casa do
vizinho, incomoda com os reflexos, queima e fere.
— Olha para mim! — Mas, eu fico
perplexo.
— Tu não és porta para entrar,
apesar de teres fechadura. És bela, mas não tens ninguém que te diga «espelho
meu, espelho meu...»
Sigo em direcção ao Largo de Santo
António, um bocadinho incomodado com a minha má educação, mais, falta de
humanidade. Ao passar pela Cooperativa de Comunicação e Cultura, começa-se a
desvanecer o pecadilho, que logo desaparece na paz de uma rua bonita, na sua
vida de agora e na que conserva dos que passaram, para quem a quiser
pressentir.
No Largo de Santo António, no seu
sossego, um convite ao dinamismo.
Porta na Rua dos Celeiros de Santa Maria. Em frente, a Rua da Cruz
Largo de Santo António
Se ficar aqui, o problema vem ter comigo
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