Vale a pena ler a muito interessante entrevista, concedida por
Albano Martins a Alfredo Alencart, da Universidade de Salamanca e publicada
pelo entrevistador em «Crear
en Salamanca», no dia 16 do corrente mês de Maio. A mesma entrevista
ingressou em Letras
Uruguay, no dia 18, e sairá no Chile, no blogue do poeta Juan Camero, de
Valparaíso, e na Venezuela, na revista do Círculo de Escritores de Venezuela. O
poeta é também muito apreciado no Brasil, que seria o país escolhido para
segunda pátria, se tivesse de escolher uma, e em Espanha, terra e gente a que
dedica também grande afecto.
É tempo, para mim, de avançar um pouco pela poesia de Albano
Martins e de ter acesso a algumas das suas traduções, para lá do pequeno
livrinho O Essencial sobre Alceu e Safo. Em baixo, Coração de
Bússola, publicado em Évora, 1967, de que pensamos poder apresentar
aqui um poema, que nele figura a páginas 40 e 41.
HORA
REDONDA, EXACTA
Esta
hora pertence-nos.
Redonda, exacta
como um ovo
é nossa
Nos limos e no lodo
a colhemos, intacta,
Flor modelada
ao sopro
da nossa
intimidade.
Símbolo e sinal
de humana presença,
esta
hora é nossa
inteira razão.
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