Ontem, passei com um amigo um pouco meteoricamente, por uma livraria de grandes tradições, no Campo Grande. Para mim, belíssima e grande. Encontrei desolação no senhor livreiro, um perfeito senhor no seu ofício, ainda a lutar, na sua já avançada idade. Em reunião de uma associação de livreiros, um senhor duma dessas grandes cadeias-aglomerados de editoras diz claramente: as «pequenas» livrarias são para acabar. E o senhor da livraria de que começámos por falar queixou-se da renda que tem de pagar pelo espaço.
Já me tinha chegado notícia de livrarias a fechar ali para o Largo da Misericórdia. Hoje, vejo neste artigo da revista Ípsilon que o mal já começou a alastrar, apesar de uma ou outra andorinha que não faz a Primavera, como a nova livraria na igreja de Óbidos.
Isto está mal; esta liberdade de matar as livrarias deve ser regulada. Como pode o preço do arrendamento aumentar, por exemplo, seis vezes, a pretexto de remodelação profunda de um espaço que dela não precisa? É caso para dizer que o Estado não está a regular bem ou dito de maneira mais fácil de entender: o Estado não regula bem.
Que cidades são estas?
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